terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A  NOTÍCIA
O relógio batia as 03h40 quando o agente da PSP de serviço à porta da embaixada dos Estado Unidos da América ouviu um estrondo. Levantou os olhos e viu o BMW ser tomado pelas chamas depois de embater contra um pilar de cimento a alta velocidade, a 100 metros da guarita onde estava. O polícia correu para tentar ajudar, mas foi impotente para retirar os ocupantes do automóvel e evitar a tragédia. Acionou bombeiros e INEM, mas já nada havia a fazer.

Quando o sol nasceu, no domingo, ainda se contabilizava o total de vítimas. Primeiro quatro, depois cinco. Afinal eram seis os jovens, entre os 18 e os 21 anos, que seguiam no automóvel. Apenas o condutor e o passageiro que seguia ao lado foram identificados pelas autoridades - dois rapazes de 19 e 20 anos, de nacionalidade portuguesa e origem angolana - nas horas seguintes, devido a documentos encontrados junto aos corpos. Os restantes foram identificados pelos amigos. Estariam a caminho de casa após uma noite de diversão em Lisboa.

Os quatro ocupantes do banco de trás - três raparigas e um rapaz - ficaram totalmente irreconhecíveis. Foi necessário mobilizar meios do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) para proceder à retirada dos cadáveres de forma a que possam ser reconhecidos nas autópsias, através dos registos dentários, o que deverá ocorrer nos próximos dias.

O acidente está a ser investigado pela Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa. Os primeiros dados mostram que o BMW descia da Av. das Forças Armadas em direção a Sete Rios, mas numa curva por baixo do Eixo Norte-Sul tocou num lancil e ‘levantou voo’, embatendo num pilar do viaduto e ‘aterrando’ num parque de estacionamento depois de derrubar a rede de proteção.

A videovigilância da zona foi recolhida e o carro carbonizado levado para um parque fechado da PSP para mais perícias nos próximos dias. Duas irmãs entre as vítimas 

A PSP só conseguiu identificar duas pessoas - o condutor Bruno Balça e Luís Garrido, que seguia no lugar do passageiro. No banco de trás, segundo amigos das vítimas, iam duas irmãs - Flora e Tomásia Moreira -, uma finalista da Universidade Europeia (Daniela Morais) e outro jovem identificado como Nelson Ferreira. São todos estudantes de origem angolana.

Como eu escreveria a notícia
Esta madrugada ocorreu um desastre rodoviário na avenida das Forças Armadas em Lisboa, com trágicas consequências.
Um automóvel com capacidade para cinco ocupantes mas levando seis pessoas e obviamente alguns sem cinto de segurança colocados, despistou-se por aparentemente ter batido num lancil, sendo projectado à distância, acabando por bater num pilar e incendiando-se em seguida. Morreram os seis ocupantes.
Supõe-se que a Divisão de Trânsito da PSP proceda a investigações, mas parece evidente que a alta velocidade será a origem do acidente   uma vez que a esfarrapada e habitual desculpa da chuva não parece poder ser invocada.
Felizmente não houve outras viaturas ou peões envolvidos não havendo assim mais famílias enlutadas. 
AC

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