domingo, 26 de junho de 2016

A PROPÓSITO do BREXIT
CONDECORAÇÕES, COMENDAS, INSÍGNIAS, MEDALHAS, "CARICAS"
O anterior Presidente da República, entre as múltiplas/ inúmeras/ inacreditáveis condecorações que entendeu atribuir (como fizeram os seus antecessores, com pouquíssimas diferenças), desde um simples alfaiate a pessoas com craveira e categoria mas, também a muitos farsantes, condecorou Durão Barroso.
Porque esteve 10 anos à frente da Comissão Europeia. 
Cavaco Silva entendeu que ele exerceu o "mais alto cargo internacional alguma vez assumido por um português", o que é evidente, e que realizou "serviços de extraordinária relevância" a Portugal e à União Europeia, o que me parece discutível.
Foi condecorado como se de chefe de Estado se tratasse. 
Discutível, acho eu, mas assim aconteceu, tal como no passado com Rocha Vieira.
Lembrei-me disto a propósito do resultado do referendo no Reino Unido.
Que serviços de extraordinária relevância para Portugal realizou Durão Barroso?
A Comissão Europeia não é o seu presidente, mas o seu presidente pode ser determinante. Lembro "Delors".
Eu sei que a envolvente foi diferente, outras as circunstâncias. Ainda assim, e sabendo alguma coisa sobre a criatura e, sobretudo, sabendo de experiência própria muita coisa sobre a problemática de condecorações, louvores e quejandos, sei bem que a esmagadora maioria das vezes são atribuídas por razões políticas, por amizade, por conveniência, porque sim.
Tal como são recusadas outras, por birra, por ódio ao possível condecorado.
As queixas que o UK tem manifestado quanto a Bruxelas são pertinentes em muitos sectores, mas acho muito discutíveis em outros. 
Estão no estilo, "quero bife do lombo", fiquem com ossos e nervos.
Mas sem poder provar em concreto, a sensação que tenho é que Durão Barroso e muitos como ele muito contribuíram para a azia que pode ter estado por detrás do desfecho de 23 de Junho. 
AC

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