segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

ANO NOVO, VIDA NOVA ?
Frase corriqueira, desejo formulado por muitos.
Vida Nova?
Em termos de País, sociedade onde me insiro, o que espero?
Nada de agradável, prevejo que a minha vida vais ser gradualmente pior, a minha vida de reformado piorará, pagarei mais IRS, pagarei cada vez mais caro o combustível para o carro e para a cozinha e para o aquecimento, pagarei cada vez mais caro os alimentos e a electricidade e os medicamentos.
No que respeita à família o que espero, o que me espera?
Praticamente nada de bom.
Oxalá sobretudo quanto aos netos a saúde não falte.
Quanto aos que já passaram a fasquia dos 70 há sinais muito preocupantes.
Quanto aos que estão a meio entre os 90 e os 100, o horizonte está muito negro.
Do que conheço, quase nada de bom auguro para 2020, e principalmente a marcha inexorável da vida vai doer muito.
Sem pudor, há quem fale de esperança embora, de facto, concorde que há que ter esperança na vida.
Mas, face a realidades tão brutalmente cruas há muito pouca esperança, pois tudo aponta para vir a correr mal, ou correr como será inevitável.
Se me puser a pensar nas probabilidades de também surgirem parvoíces da parte de alguns que me deviam respeitar, então 2020 ainda se apresenta com contornos mais esquisitos.
Ano Novo, vida nova?
Pessoalmente não me vergo, e dificilmente me vergarão.
Respeitarei sempre as opiniões alheias, mas tanto concordarei como  delas discordarei.
Honestidade intelectual, rigor, dignidade, coluna vertebral e não uma coisa de látex, reconhecer erros, subordinação normal a que qualquer cidadão está obrigado sim mas nunca bovinidade ou submissão acéfala. Isto continuará da minha parte.
O que espero de 2020?
Espero muito pouco, mas espero conseguir resistir, sobreviver, e fazer por ter a melhor vida possível.
Bom ano aos meus estimados leitores e amigos.
E não vejam as minhas palavras como pessimismo doentio, é apenas o estar a olhar para as realidades da vida, no País e na família directa e alargada. 
AC

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