sexta-feira, 27 de março de 2020

AI  COVID - 19,  a  MUDARES GENERAIS
O useiro e vezeiro em constantemente aldrabar, teve há tempos  uma saída mais ou menos assim - em tempo de guerra não se mudam generais.
Pouco tinha passado deste regurgitar, foi mudado um "general civil" na área da saúde, houve depois umas lamúrias é certo mas, como sempre acontece nestas coisas, nada ficou claro aos olhos do cidadão comum - porque raio saiu o homem.
Seguiu-se outra mudança, foi exonerado há poucos dias o director do hospital das Forças Armadas e, até agora, na senda habitual nestas coisas e sobretudo quando certas criaturas de ego enorme estão envolvidas, também nada se percebeu do porquê de uma exoneração 4 ou 5 meses depois do homem ter assumido o cargo.
Conjecturar é, portanto, naturalmente legítimo. 
Ainda que, de acordo com certos jornalistas tidos por si próprios como algo acima de todos, no presente não se devam dizer as coisas publicamente, antes no recato, ao ouvido, tal como suponho aconteceu em muitos edifícios e gabinetes diferentes no âmbito da telenovela Tancos. E depois, claro, ninguém soube ou foi informado de nada.
Voltando ás exonerações, estes casos são apenas mais dois dos muitos que ao longo dos anos elucidam crescentemente a transparência da nossa vida democrática.
Será de compreender que para alguns as exonerações tenham contornos estranhos ou pelo menos peculiares, é aliás o meu caso, podendo porventura  dizer-se que, se não foram lamentáveis, talvez ao menos pudessem ter sido adiadas dada a presente conjuntura, tal como aliás definido pelo grande líder.
Quer no caso na saúde quer no do hospital militar, parece corresponder à realidade que os recursos atribuídos e a atribuir ás organizações em causa seriam considerados muito escassos. Se isso foi repetidamente reiterado pelos exonerados ah, então pode perceber-se as exonerações sobretudo conhecendo-se certas melífluas criaturas.
Outra hipótese, é a de que os exonerados eram mesmo umas grandes encomendas. 
A ser assim, no caso do civil levaram muito tempo a verificar isso, 
no caso do militar foi muito mais rápido.
O que se passou de facto? Nada se sabe e, assim, as suspeições são mais que legítimas.
Ah sr Cabral, deixe essas dores de cabeça para os políticos civis e militares, eles é que se preocupam com estas coisas coitados, estas coisas não devem preocupar os espíritos dos cidadãos comuns, não se apoquente sr Cabral, é a democracia a funcionar!!!!!!! É o normal e regular funcionamento das instituições pois, caso contrário, o Presidente e o comandante supremo das forças armadas estariam atentos.
AC

Melífluo - diz-se da voz, do gesto, da atitude repassada de doçura de quem pretende insinuar-se

Sem comentários:

Enviar um comentário