sexta-feira, 9 de outubro de 2020

 O  SELO

Como referi já em outros posts, a pandemia que actualmente nos inferniza a vida pôs a nu as várias desgraças e deficiências da sociedade portuguesa que sucessivos governos de todas as cores sempre procuraram esconder/ disfarçar.

Mas, para lá disso, com a pandemia estão a surgir certas modas.

Por exemplo, o SELO. 

Não, não me refiro aos bocadinhos de papel dos CTT. Selo para garantir, por exemplo, que agora onde vamos está tudo limpinho e desinfectado. Foi num ápice, vejo selos por todo o lado. Uma maravilha que me deixa descansado!!!!

Agora, também o sr Medina, genro de um célebre ministro da agricultura e amigo socrático do peito, vai criar o selo da acessibilidade municipal.

Claro que enquanto isto decorre, juntamente com outras actividades fracturantes e não só, talvez devesse criar o selo para identificar os bairros de Lisboa com saneamento em condições, com água em condições, com electricidade fornecida em condições, com transportes públicos em condições.

Ao que se sabe, existe um bairro em Lisboa que não tem esgotos, electricidade e etc. Mas, como dizia o Sócrates, isso não interessa para nada.

Isso foi rapidamente apagado das notícias dos jornais e TV. Não convém nada incomodar as criaturas amigas do sr Afonso Costa.

E assim continuamos, a ver pintar ruas e outras cenas curiosas como rebentar com canalizações de água ou os túneis do metro, enquanto o fundamental ...........isso não interessa para nada!!!!

AC

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