quarta-feira, 28 de outubro de 2020

URBANIZAR e CONSTRUIR com RIGOR

Este lema - URBANIZAR e CONSTRUIR - mais ou menos apimentado ou com outras nuances, encontra-se inscrito um pouco por todo o lado em muitas autarquias do País. Em Setembro passado, em Altura, havia este.

Mas não é sobre Altura que quero falar, embora haja muito para dizer. Mas não vale a pena agora, sobretudo quando foi confirmado que os autarcas não têm tempo para responder a cidadãos que lhes colocam questões e dúvidas em termos civilizados e respeitosos.

É sobre governos e autarquias, os sucessivos governos, as sucessivas gestões  autárquicas.

Em Lisboa, na terra governada por Fernando Medina, todos os bairros têm água, electricidade, saneamento, iluminação pública, recolha de lixo, etc., em condições? Hum...........mas vão-se pintado ruas......

Em Castelo Branco, terra das imperfeições (!?!?!) nos registos, ou no Seixal, ou em Almada, ou em Coimbra, etc., como estamos também?

E quanto a guetos, mais ou menos horrorosos como aquele no concelho do Seixal, ou os com más ou boas vistas para Lisboa?

Estou a reavivar este tema na sequência de uma das últimas “peças” que li no “Setubalense” de 23 de Outubro,  envolvendo a câmara municipal de Setúbal, o inenarrável Berardo, e a senhora presidente da junta de freguesia de Azeitão. Conheço muito bem a zona em causa, e concretamente a zona onde Berardo tem procedido à construção sem o licenciamento devido. Há muitas décadas.

Em síntese, e ainda de acordo com o dito jornal, terá havido da parte de Berardo uma informação à CMSetúbal de que se iria proceder a limpezas na zona em causa. Há uma obra não licenciada que avançou em grande como se fosse possível ninguém reparar nela imediatamente e portanto mandar pará-la antes de ficar basicamente pronta. Há as habituais acusações entre PS e PCP sobre a gestão do concelho de Setúbal nos últimos 30 anos. Há sobre o assunto pareceres negativos vários (DGPC, ICNF), há a questão do PDM como de costume. Há obviamente uma descarada ausência de vergonha na cara por parte de muita gente e do inenarrável Berardo, um fazedor, a acreditar na presidente da junta de Freguesia de Azeitão.

Altamente provável que nem Berardo tem toda a culpa nem a CMSetúbal. Mas nestas coisas aparecem sempre certas criaturas, sempre certas criaturas envolvidas nas polémicas. E quase sempre criaturas que se consideram acima de leis, acima dos cidadãos comuns, acima das autoridades.

Portugal está como está exactamente também por este tipo de temas e berbicachos. E sempre à volta de PDM's. Onde os sucessivos governos  e as sucessivas gestões autárquicas têm muita culpa, quanto a PDM's  e quanto a organização territorial. De rústico a urbano não é difícil.

Portugal sempre no seu melhor.

AC

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