(João Gonçalves (JN)) (sublinhados e comentários meus)
Fora o Doutor Marcelo que, por berço e educação esmerados, é de um outro filme, esta gente que nos pastoreia - no Governo, no Bloco e no PC - são os grandes herdeiros no Partido Republicano Português, depois Partido Democrático, e da "República Velha" do "5 de Outubro”.
O PS, descontado o beato Guterres, transformou-se no mais legítimo herdeiro do partido do dr. Afonso Costa, o homem conhecido por "tratar de tudo". As perguntas que Vasco Pulido Valente colocou por ocasião do centenário de tão egrégia data persistem famosamente actuais. "Como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam "carbonários", vigilantes de vário género e pêlo e a "formiga branca" (como lhe chamavam) do jacobinismo? Como é possível pedir que uma cultura política assente nos "direitos do homem e do cidadão" preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos (e, às vezes (às Vezes?) , matava) uma extensa e indeterminada multidão de "suspeitos" (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do "outro" ir de repente mostrar o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação da Igreja Católica?”.
É possível porque António Costa e os seus aliados parlamentares - a figura de traste de corpo presente que o PSD faz por causa das autárquicas e das CCDR não conta - são a mais directa "herança" política daquela ditadura "democrática" instaurada faz hoje anos. Só não andam por aí a sovar a torto e a direito (mas usam métodos mais sofisticados). De resto, desde a remoção brutal de Seguro aos sucessivos episódios de ocupação não menos brutal dos cargos do Estado, passando pela subtil (às vezes nem isso (muitas vezes nada subtil)) intimidação de quem critica, António Costa não fica nada mal na fotografia com Afonso Costa. Mesmo dando de barato que o presidente do Tribunal de Contas pudesse ter manifestado intenções de sair, a forma que Costa usou para o dispensar de vez da lista que há-de submeter a Marcelo não é mera coincidência. O regedor do PS em Lisboa, o sr. Medina, já lhe tinha lido a sentença por causa da venda de uns prédios do Estado. E Costa, seguramente, nunca perdoou (não perdoa a quem o contraria) a Vítor Caldeira ter afirmado não valer tudo na despesa pública por causa da pandemia. Ou por avisar que os procedimentos de contratação pública previstos em aplicação dos "fundos de recuperação" são susceptíveis de favorecer a corrupção e a opacidade. Sim, tal como outro, este Costa também "trata de tudo". Viva o 5 de Outubro de 2020!
*Jurista
*Jurista
SIM, ele trata de tudo, pela calada, e também considero que António Costa e Afonso Costa ficam lindamente ao lado um do outro.
Portugal continua desgraçado, ou seja, nós, os cidadãos comuns. Por causa desta gentalha e da gentalha que teoricamente é oposição ou que nos pastoreia em Belém e S. Bento.
E como 99,9 % se cala...................
António Cabral (AC)
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