Vou supor que praticamente ninguém discordará de que uma democracia saudável, sã, equilibrada, lutadora por diminuir desigualdades o mais possível e desenvolver a sociedade, é aquela em que os governos actuam de acordo com os seus programas, gerem a vida pública com rigor e transparência, e em que as oposições escrutinam assertivamente as acções dos governos, dialogam democraticamente na Assembleia da República, e apresentam projectos alternativos de governação, CLAROS, para que os cidadãos os percebam sem hesitações.
Também em democracia me parece natural e mais do que legítimo poder haver reconfiguração de partidos políticos existentes e emergirem outros.
Salvo melhor opinião, olhando a este governo e a estas oposições, isto tudo o que se vem passando demonstra bem a saúde (???) da nossa democracia. Não chegando já esta parte trágica, recordemos o que se tem passado com os pequenos partidos que ganharam assento parlamentar nas últimas eleições legislativas e mais as várias deserções e palhaçadas.
Não chegando já estas tragédias todas, reparemos na inacreditável situação envolvendo o IL com a questão da candidatura autárquica a Lisboa. Tínhamos estadista do IL para a câmara municipal de Lisboa, estadista que na sua apresentação lembrou os valores da seriedade e da verticalidade.
Presumo que só nesse dia do anúncio da candidatura ou no seguinte reparou bem nesses conceitos. Renunciou rapidamente a candidatar-se à CML e somou a isso desvinculação do IL. Nada tenho a ver com a vida de cada um. Mas, como cidadão que olha para tudo isto, resta-me um comentário - olha do que os lisboetas se safaram.
AC
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