terça-feira, 20 de abril de 2021

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No próximo Domingo. 
A chamada revolução dos cravos que, digam o que disserem certos donos de quase tudo isto, assentou numa razão primeira: a guerra que se travava em África, a chamada guerra do Ultramar, a chamada guerra colonial. Melhor, o cansaço, e a noção clara de que nada resolveria de fundo.
Vai-me parecendo cada vez mais que, muitos que tinham a obrigação ética, moral, profissional, de cidadania, de não perder a memória desse dia e do que levou a esse dia memorável, evidenciam perda de memória, perda de memória seletiva, o que é ainda pior.
E o principal desse dia foi o entregar aos concidadãos portugueses o direito à liberdade, foi entregar-lhes liberdade, valor que não pertence a ninguém. É de todos nós, até daqueles hoje ainda felizmente muito poucos, que têm uma visão para Portugal que politicamente considero completamente errada.
E, se nesta fase da vida nacional estão por aí coisas para mim muito estranhas na política nacional, mais do que isso aliás, coisas que na minha opinião são desprezíveis e atentatórias da dignidade e dos valores mais puros que devem prevalecer numa sociedade democrática e livre, essas coisas devem ser combatidas com rigor duro mas democrático, e não assistirmos a reações patéticas dos que se arvoram donos disto e daquilo. Considerem-se donos, da liberdade, de desfiles, de propor na AR as coisas mais inacreditáveis, de na AR chumbarem legislação que combata a indecência que grassa e alastra na sociedade portuguesa. 
Insuportáveis. 
E pior, com reações e atitudes grosseiras sempre a engrossar as fileiras de gente politicamente nojenta, opinião pessoal, naturalmente. Gente que não deve ser combatida com atitudes irreflectidas, pois isso paga-se caro, como se vai vendo a cada dia que passa.
AC

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