sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Na FEIRA, a ATIRAR ao BONECO
As mais que infelizes (para dizer o mínimo) declarações do inquilino em Belém têm dado pano para mangas. Já aqui o verberei e, como sempre, respeito/ respeitarei opinião contrária.  Parece que ando como na feira a atirar a bola de trapos ao boneco. Não.
Não critico por divertimento, critico porque entendo que a sua acção está a ser prejudicial ao regime.

Diogo Feio por exemplo, veio defender Marcelo com unhas e dentes.

Susana Peralta num longo artigo de opinião desanca-o e, sendo eu pouco apreciador de muitos textos da senhora, creio que tem bastante razão nas vergastadas que dá em Marcelo.

Lamas Leite afirmou que se vivêssemos uma democracia sem falhas a PGR tinha aberto um inquérito às sucessivas declarações de Marcelo.

É aceitável considerar que Marcelo não tenha tido a intenção de relativizar as coisas. Fala-se muito no humanismo de Marcelo e sobre isto como aliás outras características pessoais do senhor, não tenho qualquer autoridade sobre isso. Nem me interessa.

Mas sendo uma pessoa tão sabidamente super inteligente, super perspicaz, estando sempre a meditar sobre tudo e mais alguma coisa, não deixa de ser estranho o que aconteceu. Chamam-lhe distracção, trapalhada, verborreia infeliz! Pois!

Uma coisa me parece evidente há muitos anos desde as décadas de comentador nas TV: Marcelo sofre de diarreia verbal.

Discreto, contido, parcimonioso, rigoroso, são aspectos a que como se vai verificando Marcelo pouco liga. 
Fala demais, fala sobre tudo e mais alguma coisa mas, para mim, é trágico que voluntariamente contribua para o entorpecimento e embrutecimento da sociedade portuguesa. E este é para mim um dos aspectos graves da sua postura.
Comenta logo as decisões anunciadas pelo governo mas, mal que pergunte, explica alguma coisa de concreto, esclarece com rigor os portugueses ou é a treta do costume, - isto está difícil, a pandemia, a guerra, fez-se o que se pode, continuamos os melhores dos melhores - etc.

Aparentemente há muita gente que lhe acha graça. Sou dos que nunca lhe acharam graça. Como escrevi em tempos aqui no blogue, votei nele na primeira eleição. Aqui expliquei porquê. Na corrida eleitoral que ganhou para um segundo mandato, não votei nele, nem em nenhum. Votei branco.

Assegura o regular funcionamento das instituições como consagrado na CRP? 
Talvez. Os resultados não me parecem brilhantes e ele não pode tirar o seu cavalinho da chuva.

Marcelo está a cumprir rigorosamente aquilo que a CRP estipula, ou anda basicamente a divertir-se?
Deixo a interrogação.
AC

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