sábado, 10 de dezembro de 2022

O  ENCRAVADO  CRAVINHO?
Encravado? Não, pois está muito claro que este é o momento de trabalho da justiça, não para comentários políticos!

E como sempre neste meu querido mas cada vez mais maltratado país, a justiça aí está a funcionar. À justiça o que é da justiça, (ainda que "poucachinha"), como comenta sempre um atrevido alarve.

Será de esperar que a justiça venha a conseguir esmiuçar, explicar, e julgar as décadas de pouca vergonha a vários níveis, paulatinamente desenvolvidas naquele edifício cor de rosa por fora e muito rosa por dentro, ali ao Restelo, lá no cimo. Fazer o seu trabalho cabal, como diz um sem vergonha.

O cidadão comum, mesmo depois da eliminação da selecção de futebol, não quer saber destas coisas para nada. Nem destas nem de praticamente nenhuma.

O tuga comum quer lá saber que certas criaturas estejam qualquer coisa como pelo menos duas décadas num ministério, paulatinamente  subindo degrau a degrau, devagar, tão devagar que dá tempo para se licenciar, tão devagar e mansamente, que dá tempo para se tornar indispensável a sucessivos secretários de Estado e ministros.

Sabendo-se que, infelizmente na minha opinião, de cada vez que mudam governos grande parte das chefias na máquina do Estado são mudadas introduzindo nos cargos muitos e muitas da cor no poder vigente, não seria de estranhar que uma criatura ainda por cima de cor política diferente das cores do grande centrão, se mantenha tantos anos num poleiro? Não é de estranhar que o poleiro gradualmente fosse aumentado?

É o momento de trabalho da justiça, não é o momento para comentários políticos. 
E não houve momentos para se ponderar melhor tudo o que se ia passando? Li como sendo palavras de um figurão que por aí campeia, que as decisões são tomadas com base na informação disponível. É o supra sumo da descarada ausência de vergonha não na cara, mas na tromba!

A Polícia Judiciária arranja uns nomes curiosos para certas investigações. No caso, tempestade perfeita!

Ora uma tempestade perfeita significa normalmente a conjugação de diversos e diferentes componentes ou parâmetros ou circunstâncias desligadas umas das outras, subitamente se conjugando, daí resultando algo brutal, como uma atípica ocorrência na natureza.

Mas na natureza a coisa ocorre súbita. 
Ora nada parece súbito se montado ao longo de anos. 
Nada é súbito se, para além de paulatinamente montado ao longo de anos, se tece uma teia larga que manieta e compromete tudo e todos.

Quando se tem o atrevimento de dizer - 
acompanhou a situação quando esteve à frente do Ministério - convinha que se explicasse um pouco melhor que tipo de acompanhamento concreto foi esse.
É que o habitual despacho do tipo - visto - ou - visto, encaminhe-se para - falam por si mesmos quanto a competências e responsabilidades!

As coisas são ainda mais escabrosas quando se sabe publicamente ter havido aconselhamento contrário a certas decisões tomadas. Essas decisões foram tomadas porque a teia é enorme e há comprometimentos vários?

Será que a justiça esclarecerá a fundo?
Daquele ministério lembro-me sempre da lamentável história nunca esclarecida do tempo da guerra colonial, relativa a sacos azuis brutais e etc.
Aguardemos.
AC

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