O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, teceu há dias uns comentários na sequência de queixas dos hoteleiros e comerciantes do Algarve, e reafirmou que os primeiros cinco meses do ano foram os melhores de sempre da história do turismo em Portugal.
Aparentemente, Julho não foi a maravilha de enchentes que muitos no Algarve esperavam. Vamos ver como corre Agosto.
Verificam-se coisas concretas, reais, como aviões a chegar a Faro sem estarem esgotados de lotação.
Verifiquei que a banca dos jornais estava a vender ligeiramente menos jornais nacionais e estrangeiros.
Eu interrompi ontem à noite 16 dias de praia no Sotavento Algarvio; saía do hotel e meia dúzia de passos depois estava no areal, na palhota alugada.
Muitas palhotas da concessão do hotel estiveram vazias nesses 16 dias.
Significa alguma coisa? Significa!
No hotel, para onde venho (foi a décima vez seguida ) em Julho e Agosto a maioria do pessoal que fui conhecendo já lá não está.
Encontrei três dos anteriormente conhecidos, e não quiseram alongar-se muito sobre as condições de trabalho, sobre eventuais dificuldades, etc.
A esmagadora maioria de funcionários que vi são jovens com (muito provavelmente) dupla nacionalidade, originários de África e Brasil.
Percebi que havia estagiários vários.
No estacionamento privativo do hotel, reparei que a maioria dos carros tinha matrícula nacional, havendo vários com matrícula de Espanha e três com matrícula Alemã.
Claro que dados oficiais finais seja sobre isto seja sobre outra coisa qualquer não podem obter-se senão mais tarde. Obviamente.
Mas é sempre interessante observar a técnica manhosa dos governantes sempre a assobiarem para o lado e para o ar de todas as vezes que começa a verificar-se que algo não corre (infelizmente) como se estimava / desejaria.
Fecham-se nos comentários, só falam mais tarde com dados finais o que, obviamente, é correcto, mas também muito conveniente para manter o "mantra", a "narrativa", de que tudo será cada vez melhor daqui para a frente, graças a santo Costa e seus pastorinhos e pastorinhas!
Oxalá as apreensões quanto a, alojamento, hotelaria, restauração, comércio sazonal, não se venham a confirmar no Algarve.
Seria de facto bom que a sazonalidade se atenuasse no Algarve.
AC
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