Esta verdade que creio inquestionável, tem estado sempre na cabeça dos titulares de órgãos de soberania portugueses designadamente desde 1982, e está latejando permanentemente na cabeça de António Costa e dos seus sucessivos ministros e secretários de Estado da defesa.
E o raciocínio deles (Costa e ajudantes) parece ser este: Portugal não vai fazer guerra a ninguém, as guerras estão longe, não há colónias, estamos na NATO e na UE portanto, nada de perder tempo para definir se Portugal deve ter ou não Forças Armadas (FA) pois o que é preciso é:
- ter vários Falcon sempre prontos a voar para transportar Exas,
- ter alguns soldadinhos para marchas militares, paradas e guardas de honra,
- ter uns quantos (poucos) soldadinhos para umas missões em África sob bandeira ONU, ou outra,
- ter a Sagres a navegar e dar umas recepções como no Porto recentemente,
- ter uns helicópteros (poucos) para serviços de emergência e transporte de VIP,
- ter uns aviões de transporte de material pesado,
- ter umas tribunas militares para festarolas.
E chega.
Ah, há mais qualquer coisa a dizer.
Há governantes e chefes militares a olhar para tudo isto numa perspectiva holística, não é bonito?
Há um comandante superficial perdão, supremo das Forças Armadas a olhar também para tudo isto com a sua visão igualmente holística a que acrescenta a sua verborreia inócua, à qual os jornalistas acenam sempre com a cabeça com muita reverência embasbacada.
E todos ficam e vivem felizes.
Quem apontar umas quantas verdades sobre o estado comatoso das FA é acusado, no mínimo, de botabaixista, e até corre o risco de ser apontado como Putinista.
AC
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