domingo, 14 de julho de 2024

A PROPÓSITO DOS JORNAIS NACIONAIS
Já o confessei há muito: há muito que deixei de comprar jornais e revistas nacionais, e não foi por razões financeiras. 
Deixei de os comprar por crescente falta de qualidade, por crescente opinar no lugar de noticiar com isenção e rigor. Passo os olhos pelas gordas via NET, tenho uma única assinatura digital de um jornal, leio alguns OCS que um amigo me faculta. 

É a minha opinião, naturalmente, e muitas haverá bem diferentes da minha, todas a respeitar.
De qualquer modo, a sucessiva, crescente, quebra de tiragens poderá dar-me alguma razão, creio. Adiante.

Comecei estas linhas particularmente por causa de uma coisa típica que sempre me causa uma certa "comichão".

Trata-se das colunas de "sobe e desce", ou de "semana sim semana não".
Como sempre respeito a opinião de outrem mas a maioria das vezes ao ler as justificações para colocarem alguém no SIM ou no NÃO deixa-me perplexo.

Um exemplo apenas, recente.

No jornal de referência (???) "Público" de 13 de Julho, a ministra da saúde é colocada em - NÃO - porque em menos de duas semanas o INEM teve duas demissões.

Pessoalmente não me inspira confiança nenhuma uma dada pessoa tutelando uma determinada área vir publicamente confidenciar que estar a pensar em mudanças ou inspeções ou averiguações nos serviços sob a sua tutela. Tem sido o caso desta senhora ministra.

Mas, isto referido, talvez também fosse necessário perceber as razões da segunda demissão.
Será que, por exemplo, o demissionário encontrou um granel monumental no INEM?
Para lá do contrato para helicópteros e que anda em bolandas, qual é o estado operacional e de manutenção dos helicópteros do INEM?

Outro aspecto, qual é o quadro de pessoal do INEM? Está todo completo ou há muitas carências? Por exemplo, o concurso que está anunciado para mais 200 pessoas a presumivelmente dar frutos no início de 2025, não significa um lindo (??) trabalho do governo anterior?

E quanto aos recursos financeiros?

Será que o segundo demissionário, que não chegou a tomar posse, não esteve para se sentar no barril de pólvora chamado INEM (há muitos mais) e explicou tudo à ministra?

Quanto ao primeiro demissionário e que estava há nove anos no INEM, foi estando mesmo com carências várias e dificuldades crescentes. Resultados à vista.

Pergunta: a ministra (já deixei acima uma indicação do que penso dela)  é 100 % culpada do caos no INEM?
Que se saiba, o INEM não teve de dar uns milhões para martelar as contas certas portanto, a ausência de recursos, há muito sabida, não é culpa do governo iniciado nos primeiros dias de Março passado.

Claro que a ministra terá culpas (opinião minha) naquilo que me parece ser uma falta de jeitinho para lidar com o caos generalizado. Devia estar mais calada, e não dizer coisas que quase roçam a tolice.

Daí a estar na - coluna NÃO - parece-me deslocado, mas há sempre uns fretes a fazer aos amigos políticos. Percebe-se.

Ah, não se deve deixar de referir a indignação do inarrável opositor, acusando as trapalhadas. Talvez devesse ser menos desbocado.
AC

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