1ª VOLTA
E a 2ª volta no próximo Domingo?
Creio que vai ser uma semana muito interessante de seguir.
Embaixadores reformados, comentadores encartados, políticos de cores as mais variadas, por cá e lá por fora, vão despejar ideias, temores, papões, dilúvios, anseios, preferências, a possibilidade do fim da vida humana à superfície da terra.
Por cá, o Livre está muito atento e tentará convencer BE, PCP, PAN, e grupelhos diversos e dispersos - vejam o que se está a passar em França, temos de nos federar, JÁ, parar tomar Lisboa e depois o Parlamento e assim o governo, e até devemos pensar já em Belém.
Por cá há quem defenda que os franceses de esquerda deviam apresentar já hoje um nome que federasse toda a esquerda e assim impedisse o partido de Le Pen de aceder ao poder.
Percebo quase nada de relações internacionais, geopolítica, ciência política, mas tenho algumas "poucachinhas" (Costa dixit) noções e, sobretudo, leio há muito anos, pondero as envolventes interna e externa.
Nunca me alheei (quem viesse atrás para fechar a porta), não volto a cara, dificilmente me alhearei algum dia.
Isto dito, e com a noção de que, porventura, posso estar a ver mal as coisas, aquilo a que usualmente designam por esquerda/ esquerdas francesa/s tenho-a por pior que um saco de assanhados gatos.
O tal de Melanchon creio que é das melhores coisas que há para fazer crescer exponencialmente Le Pen e quejandos.
Imaginem ele a federar o saco de assanhados gatos e a seguir a Le Pen a engordar nos votos. Uma óptima solução que, imagino, a Le Pen desejará!
Sondagens e intenções são, em todo o lado, coisa diferente daquele gesto isolado/ solitário de enfiar o papelinho na urna.
Não faço ideia nenhuma mas, imagino que a ponderação dos eleitores franceses no próximo fim de semana e antes de entrar nas salas onde estão as urnas, não seja coisa fácil se tiverem tido na véspera um Melanchon ou parecido, a gritar - votem em mim que eu é que sou democrata dos sete costados e uni toda a esquerda.
A minha convicção e de há já muito tempo e designadamente desde Mitterrand e Blair e Clinton e por cá desde 1991, é que estadistas sérios volatilizaram-se, dando lugar a esponjosos e lunáticos.
Recordo-me do professor Sousa Franco, enquanto ministro das finanças.
Foi só a falência da saúde que o matou ou, o verificar a pouca vergonha pantanosa que se estava a instalar e não o deixarem alterar e aproveitar as oportunidades que se deparavam ao país naquela altura, é que ajudou imenso ao desfecho trágico que o levou demasiado cedo?
Enfim, aguardemos.
António Cabral (AC)
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