segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

CORRUPÇÃO

CORRUPÇÃO IMPUTADA A LALANDA E CASTRO PRESCREVE
Antigo presidente da Octapharma vai responder por falsificação e concessão/recebimento indevido de vantagem. Apenas Cunha Ribeiro vai ser julgado por corrupção passiva neste processo.

Mais um extraordinário caso que, suponho, muito deve orgulhar, advogados, magistrados MP, juízes.

O que será que certos, deputados, paizinhos dos códigos, criaturas que tiveram a tutela da justiça, estarão a pensar disto e de tudo o mais?

Ou será que se rebolam a rir de gozo? 

O sr Presidente da República, professor Marcelo rebelo de Sousa, no dia de hoje, 9 de Dezembro, para assinalar o "Dia Internacional Contra a Corrupção" publicou no sítio da Presidência um textozinho (????) a - reafirmar a necessidade de um maior esforço nacional, cidadãos, empresas, comunicação social e instituições, em defesa da transparência e da integridade, valores de uma cultura partilhada no combate à corrupção.

Ah, e afirmou que - importa, para que esse combate seja cada vez mais eficaz, um sobressalto de cidadania, uma reafirmação da urgência de uma luta mais eficaz e efetiva contra a corrupção.

Considera SExa - imperioso progredir institucional, jurídica e operacionalmente, dotando as respetivas instituições dos meios necessários a uma ação célere e eficiente, geradora de um clima de confiança e de uma correta perceção quanto à eficácia e à justeza da sua ação.

Ah, SExa está muito contentinho - com o relevante trabalho desenvolvido no aprofundamento da literacia e em defesa da ética contra a corrupção.

Comentário?
Lembram-se de alguma coisa CONCRETA saída da boca de SExa a apontar o seu profundo desagrado quanto ao estado da justiça?
Eu também não, apenas as vacuidades nas sessões solenes que têm a eficácia bem representada pelo ZERO!

Lembram-se se alguma vez SExa se interrogou, publicamente, porque no governo Costa Van Dunem a questão do enriquecimento ilícito ficou como ficou?
Eu também não.

Mas, naturalmente, eram tão felizes!

Como se isto se alterasse sem acabar com a pouca vergonha dos escandalosos recursos sem fim, sem acabar com o escândalo das exageradas possibilidades de afastamento de juízes e magistrados, mas sobretudo, sem rever os códigos e nomeadamente do processo penal.

Este senhor é outro que certamente se opõe à inversão do ónus da prova em certos casos. 
Jorge Sampaio um dia falou nisso, e logo lhe caíram em cima convencidíssimos sacripantas que ainda hoje nas TV se passeiam de óculos e sem óculos como comentadores e analistas. 
Da treta, naturalmente.

Tenho pena de não ter ido por exemplo para cantor.
Pelos vistos deixaria uns 80 milhões de euros.
Ou, ter ido para empresário das obras públicas e certamente poderia distribuir liberalidades, de 10 milhões aqui, catorze milhões ali.
Ou ter ido para a política numa qualquer terra da Beira Baixa, poderia depois deixar aos meus descendentes inúmeras garagens e vários andares.
Enfim!

Sobressalto?
Tanta vacuidade!
PATÉTICO!

António Cabral (AC) 

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