quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A   PROPÓSITO   de . . . .

Solidariedade, compromissos, e tratar dos nossos interesses

A este propósito dei de caras há dias com a notícia seguinte:

A Polícia Marítima, que se encontra a participar na missão “Greece 2025”, anunciou este sábado ter resgatado 78 migrantes que se encontravam numa zona costeira isolada, sem acesso terrestre, na ilha grega de Gavdos.

Segundo um comunicado da Autoridade Marítima Nacional (AMN), o resgate dos 78 migrantes decorreu durante dois dias.

Durante a operação, com coordenação operacional das autoridades gregas, os elementos da Polícia Marítima alcançaram um grupo de migrantes, tendo procedido ao seu resgate em segurança para a embarcação “Molivos”, em situações adversas, “implicando a movimentação dos migrantes através do mar para bordo a embarcação”.

O comunicado indica que “o grupo foi transportado para o porto e entregue às autoridades locais para os procedimentos legais de identificação e registo”. “Ao longo da operação, foram identificadas situações de especial vulnerabilidade, o que exigiram acompanhamento direto e constante por parte dos operacionais”, acrescenta a nota, sem especificar.

A missão “Greece 2025” é coordenada pela European Border and Coast Guard Agency (Agência FRONTEX).

“Desde o início da participação portuguesa no Mediterrâneo oriental, a Polícia Marítima tem desempenhado um papel único e fulcral, o qual tem sido reconhecido inúmeras vezes pelas autoridades gregas, nomeadamente em múltiplas ações de salvamento e resgate de migrantes, em estreita coordenação da Guarda Costeira Grega”, sublinha a AMN no comunicado divulgado este sábado.

O meu melhor amigo militar é almirante, reformado, e ao longo dos anos foi-me contando muita coisa sobre a sua profissão mas sobretudo  muita coisa inerente ao serviço público e aos nossos interesses no mar, as águas costeiras e as ZEE onde temos jurisdição.

E recordo de em tempos o meu amigo me ter falado das imensas e crescentes dificuldades sentidas quer pela Marinha quer pela Autoridade Marítima, quer pela Polícia Marítima.

Quer em meios materiais, humanos e financeiros.

Pela notícia supra e depois de também ouvir o inarrável MDN Nuno Melo presumo que os quadros da Política Marítima aumentaram relevantemente, não havendo certamente já as dificuldades de outrora por exemplo em meios humanos para actuação no Continente e Regiões Autónomas.

Presumo ainda sobretudo fazendo fé em Nuno Melo, que as manutenções dos navios serão agora asseguradas em tempo adequado e que nos Açores e Madeira serão finalmente mais os meios navais disponíveis para cobrir as ZEE respectivas em colaboração com a Força Aérea.

Agora é que é. 

AC

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