segunda-feira, 13 de outubro de 2014

No país com cada vez mais imparidades e onde a chuva se atreve a chegar sem avisar os autarcas
A este meu desgraçado País tudo lhe acontece. Não bastando o que se conhece, desde as comentadeiras das televisões, algumas bem indecorosas e a quem não cresce o nariz depois do que vomitam, até ás reuniões ministeriais noturnas e aos inclementes céus, agora atreve-se S.Pedro a abrir as torneiras sem avisar com a devida antecedência os autarcas e designadamente o messiânico edil de Lisboa, de que virá "raining cats and dogs".

O que sucedeu hoje em Lisboa quanto a inundações, e eventualmente se repetirá daqui a uns dias, não é culpa directa e exclusiva do Dr António Costa. Isto, para mim, é claro.
Mas tem responsabilidade política no assunto. O que se passa em Lisboa à conta das chuvas, é cíclico, tem certamente razões de fundo, como impermeabilização de terrenos, a mais do que evidente e crónica ausência de limpeza das ruas, obras recentes no Marquês de Pombal com escoamento de pluviosidades muito discutível, uma longa lista de etc, etc. Mas o edil de Lisboa tem responsabilidades, partilhadas com os antecessores na matéria em causa.

Mas nisto, como em praticamente tudo no meu desgraçado País, sejam messias, arautos de novas esperanças, indecorosos irrevogáveis, irresponsáveis de toda a ordem nunca responsabilizados, sejam discos riscados (porque as cassetes já eram), a realidade é que estas "tropas fandangas" (sem ofensa alguma para a instituição militar) por mais que apregoem o contrário nunca encaram as questões de fundo, e nunca nos dizem as verdades. Só olham aos seus interesses paroquiais. Sejam os grandes e pouco confessados interesses, sejam os partidários, sejam os eleitorais e o engrandecimento da carreira em jovem iniciada.

Creio, salvo erro, que era S. Tomás de Aquino que considerava três tipos de verdades mais ou menos assim: as teológicas que só se conheceriam pela revelação, as filosóficas que não eram reveladas, e o último tipo/ categoria que eram as reveladas e acessíveis à razão, simultaneamente, portanto, filosóficas e teológicas.

Cheira-me bem que deve andar por aqui a razão justificativa para a indecorosa postura da esmagadora maioria dos políticos e elites portuguesinhas, acerca de tudo e mais alguma coisa, intempéries inclusive. De nunca serem responsáveis de nada, porque a verdade ainda................pois!

E não é a moda de dizer mal, mas é apenas o olhar para factos e para a sua lamentável repetição, ano após ano. Os interesses reais das pessoas sempre para trás. À frente dos reais interesses e necessidades das  pessoas, obras, obras, rotundas, almoços e jantares e passeios ilegalmente pagos pelo erário público, inaugurações sucessivas da mesma coisa, olear bem muitos "media" com convites festas e recepções, etc.

..........é isto e nada mais,...............pintassilgos não são pardais.
AC 

Nota: acabo de receber um mail de SPedro, a pedir desculpa pela descarga de água monumental que atirou para cima de Lisboa. A intenção dele era boa, confessa, dar uma ajuda ao povo português e designadamente aos Lisboetas, pois estando a esmagadora maioria dos "pândegos" na capital, pensou que uma valente enxurrada entraria também por ministérios, AR, palácios dos poderes e sedes partidárias, e faria assim mais depressa uma higiénica limpeza na vida nacional. 
Eu respondi-lhe - ai SPedro, que ilusão, vê-se que o senhor nunca andou na costa, junto ás rochas, não conhece as lapas......................

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