terça-feira, 14 de outubro de 2014

No País com cada vez mais imparidades
Como vulgar cidadão, admito que seja discutível mas tenho para mim que a ilha da Madeira e mesmo a de Porto Santo numa dimensão e perspectiva completamente diferentes, são lugares fantásticos para se visitar e fruir.
Se a memória não falha, estive pela primeira vez na Madeira em 1969. Depois em 1975, em 1980, 1981, 1983. Anos passaram, voltei ao Funchal em 2003.  2003-1983 = 20 anos!

Que diferenças encontradas. Lembrava-me, por exemplo, do tormento sinuoso para se ir do aeroporto para o Funchal. Em 2003, qual quê, não é linha recta, mas com tantos túneis quase parece.
Cogitei sobre o desenvolvimento à vista, as infra-estruturas de todo o género, embora se viesse a saber que no interior muita miséria escondida havia. Como se comprovou, infelizmente, aquando das tragédias que ocorreram há poucos anos.

Isto a propósito das frequentes notícias sobre as contas da Madeira, dos buracos da Madeira, etc.
O que acho cada vez mais inacreditável é observar o resultado das investigações (?????) que parece levam a cabo.
De acordo com os OCS lá houve mais um arquivamento. Com culpas aparentemente chutadas de um lado para o outro. E com nomes sonantes (???) da política nacional a serem trazidos à colação. Uns que foram aquilo e agora são isto, uns que eram uma coisa e agora como paga dessa coisa são uns coisos e pagam-lhes muito bem!

Quando alguns amigos me diziam tempos atrás que eu por vezes estava a ser nos meus escritos muito duro com os políticos, remetia-os e remeto sempre para coisas concretas. Embora não se possa escrever textualmente como se ouviu ou se assistiu. Porque os códigos tudo armadilharam.

A propósito da Madeira, em 2003, juntamente com colegas do curso que na altura frequentávamos, tive/ tivemos o privilégio de assistir a um "briefing" dado pelo próprio Dr Alberto João Jardim, em frente ao pequeno quadro branco cheio de frases e esquemas, e com ele sempre agarrado ao clássico ponteiro de madeira. Foi sobre a Madeira, e foi dado na magnífica Quinta da Vigia.

Na altura, a ministra das finanças era a Dra Ferreira Leite. Tinham sido determinadas normas rígidas para tentar impedir aumentos de endividamento por parte de autarquias e regiões autónomas.
Pois nesse briefing, por exemplo a propósito dessas normas, disseram-se coisas interessantíssimas,..............................vou chamar-lhes assim!.
Da boca do eterno presidente daquela região. Nunca mais me esquecerei, como espero que os meus colegas não tenham esquecido. Por isso não é admirar que os endividamentos, lá e por cá, em toda a parte, subam sempre. Que as dívidas sejam escondidas. Etc.

Não me admira pois, que hoje continue a acontecer o que, presumo, para o cidadão comum não possa ser senão designado por escandaloso.
Claro que para os políticos e para os protectores partidários, a par da inoperância do sistema de justiça assessorado há anos pelos especialistas do costume, tudo isto faz sentido.
Para os reis e defensores do regabofe, o dito regabofe faz sempre sentido.

É sempre dinheirinho a escorrer. Do meu bolso e de outros bolsos como o meu, para os bolsos de conhecidos meninos. Mas nada lhes acontece!!!
A Madeira é uma ilha espectacular. Inegável. Sempre a construir, sempre a endeusar-se, sempre a arquivar.....................

........e aqui não tenho mesmo dúvidas,......pintassilgos não são pardais!!!!!
AC

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