domingo, 17 de julho de 2016

A TURQUIA. E agora? E o futuro?
É banalidade, mas digo à mesma: o futuro a Deus pertence.
Quem se interessa por estratégia, por geopolítica, sabe que nestas coisas é sempre importante arranjar que uma "porta" fique entreaberta para o que der e vier, para uma saída se necessário, se conveniente, se, se, se, se.......
Antes de mais algumas palavras dispersas, uma referência ao ridículo evidenciado por alguns comentadores dizendo, por exemplo - "golpe das forças armadas".
Nem mesmo olhando para as imagens que iam chegando às TV se tornaram prudentes.
Uma revolta em que se via a ineficácia e um certo acabrunhamento de soldados em camiões de transporte banais, 3 ou 4 carros de combate numa ponte, hordas de civis correndo e fazendo o que lhes apetecia, só comprovavam a alta probabilidade de o tal golpe ser uma coisa chocha.
Além de chocha foi muito bem orquestrado por quem queria atingir determinados fins.
No total, nem 3000 terão sido os tropas/ taratas nas ruas de Ankara e Istambul.
Talvez esses comentadores devessem ir ver melhor a "pequenez" das forças armadas turcas.
Deixemos a treta, portanto.
O mundo chamado ocidental, Europa da UE e EUA, continua com a mania de exportar democracia.
Os resultados estão à vista.
Alguns famosos (??) comentadores, julgarão que se poderão vir a repetir golpes militares como ocorreram na Turquia  depois de 1945. Não sou adivinho, mas a probabilidade de Erdogan e os seus seguidores virem a ser derrubados por militares parece-me diminuir a cada ano que passa.
Há quem diga que o poder não se destitui por golpes militares. Olhando a história desde 1900, casos houve em que sim, casos em que não. A afirmação dos princípios é, certamente, determinante. Mas pode não ser o suficiente.
Enquanto no Ocidente se dá espaço a tudo e mais alguma coisa, no mundo do Islão existe o oposto.
Concretamente Erdogan está há muito nesse caminho de ditar o eu quero, posso e mando.
Logo que passou a ter poder na Turquia, começou a urdir uma teia tenebrosa que, em síntese, administrativamente foi gradualmente dizimando todas as elites da sociedade turca pró estado laico.
E a "chacina" foi enorme nas forças armadas.
Além disso, na Turquia, como também entre as populações muçulmanas/ árabes/ africanas  que vivem por exemplo na Holanda, Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido, o índice de natalidade é muito superior entre as famílias islamizadas. É só uma questão de tempo para se inverter o peso populacional islamizados/ versus cristianizados.
Que é que se passou de facto na Turquia? Ao certo, quem saberá?
Erdogan e fieis, de certeza. Serviços secretos da Rússia, dos EUA? Provavelmente.
Atente-se na timidez das discursatas de OBAMA e do ministro dos negócios estrangeiros da Rússia.
Atente-se na divulgação imediata da lista de milhares de militares e magistrados a prender.
Não é tudo interessante?
Coitadinho do Erdogan, que lhe queriam fazer mal! Pois.
Ah, e quanto à porta aberta de que no início falava, está a parecer-me que Erdogan tem as chaves de todas as portas, que as vai fechando e, se preciso for, arranja forma de encontrar uns Martim Moniz locais.
A Europa que se cuide. E nem EUA se atiram à pouca vergonha das negociatas de petróleo na zona.
Quanto tempo vai estar Putin quieto?
AC

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