quinta-feira, 28 de julho de 2016

Dos Políticos, a lata, a desfaçatez, a irresponsabilidade
Dos Banqueiros, idem
De todos: a completa ausência de vergonha na cara
Passos Coelho teve uma conduta adequada perante a Banca? 
Lembrando oposição, governo e agora outra vez oposição, creio que teve dias. 
Talvez mal com BPN, talvez bem com BES, quase de certeza mal com BANIF e CGD, fora o que ainda não veio a público.
António Costa? Creio que mais ou menos a mesma coisa, talvez até pior, alterando apenas datas e casos.
Como se passou com os anteriores PM? Genericamente farinha podre do mesmo saco.
Devemos estar bem lembrados que durante décadas PSD e PS combinavam quem meter à vez por exemplo na CGD. 
Nos anos mais recentes, os assaltos à CGD, BCP e etc já foram sem máscara. Sócrates ilustrou bem a coisa, terá sido mesmo o campeão da pouca vergonha. Hoje, a propósito dos seus tristes passados, convoca conferências de imprensa para nos recordar o estado de direito e o respeito que é devido aos cidadãos. Ouvir este campeão da desfaçatez até dá caimbras.
E quanto aos banqueiros?
Farinha podre do mesmo saco. 
Atente-se na rotação entre governos, banca, negócios vários, chefia do sindicato dos banqueiros, chefia de gabinetes deste e daquele, sempre espinhosos cargos.
Naturalmente, digo eu, que se houvesse coluna vertebral na maioria destes pantomineiros que se governam há décadas, não se falavam através dos jornais.
Nisto, José Matos, o presidente da CGD que acabou mandato há mais de 6 meses, terá muita razão.
O apatetado que está no ministério das Finanças, no meio dos esgares diários, parece que se esqueceu de falar primeiro e directamente com José Matos. Razão natural para haver sentimento de ofensa.
Mas o Sr José Matos teve a lata de na AR dizer, segundo os jornais - as imparidades não foram provocadas pelos bancos, mas pelos clientes que não pagaram - É preciso mesmo ter muita lata.
Porque, como é evidente, a esmagadora maioria das concessões de crédito por parte da CGD ao longo pelo menos dos últimos 20 anos foram muito provavelmente verdadeiros casos de mescambilha partidária/ política/ e de amiguismo, pelo que consta na maioria dos casos sem garantias reais e seguras. O caso dos favores para  compra de acções e domínio de bancos terá sido das coisas mais escandalosas. Tudo feito de maneira muito fina, tudo de compadres, tudo muito Fino!
Obviamente que sem garantias, andaram anos e anos a torrar dinheiro e a rir-se de todos nós.
Um verdadeiro regabofe neste estado dito de direito.
E depois venham-me cá com artigos de opinião sobre as elites, banqueiros, políticos, jornalistas, magistrados.
Muitos concidadãos, e designadamente eu, podemos no plano físico ter cara de parvo. Não quer dizer que o sejamos.
As contas pelo "fácies" têm que ser pedidas aos pais e Deus.
AC

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