Em todas as sociedades existem elites.
Elites, o que se costuma designar por - o que há de melhor numa sociedade - ou - membros da sociedade que detém poder e influência.
Na comunicação social indígena muitas loas se evocam constantemente sobre as nossas elites. Ele é fotografias, entrevistas, fóruns, encontros, conferências, jantares em casa de, etc.
E os jornalistas, que vão jantar a casa deles, que jogam golfe com eles, que passam férias com eles, pertencem também ás elites?
Os jornalistas que colocam mentiras nos jornais porque, CONFESSAM, acreditaram na informação de fonte do governo, pertencem ás elites?
Os jornalistas que procuram disfarçar as coisas vergonhosas que praticam com notas da direcção, pertencem ás elites? Pertencem ás elites porque foram escolhidos por políticos designadamente PM para dirigir órgãos de comunicação social?
Pelo que se vai vendo (desde 1700? 1900? 2000?) será de facto o que de melhor temos por cá?
No meu entendimento, e das leituras retroactivas que vou fazendo à nossa história, incluindo em algumas obras estrangeiras, a sensação que me fica é de que, basicamente, as elites sempre trataram de se governar. Mas, como em direito, haverá muita gente que discordará disto. A doutrina diverge. Respeito.
Anoto apenas o estado miserável do País, agora, antes, e muito antes.
É verem, só por exemplo, a história das bancarrotas, as dívidas, incluindo a "mansa" e os pedidos de empréstimo nos séculos XVIII, e XIX.
Será por isto, que andam por aí classificações acerca de "poderosos"? PODEROSOS? Salvo melhor opinião, isto raia o obsceno, o pornográfico.
Olhando por exemplo aos poderes havidos e casos e polémicas desde 1945, o que encontramos como nomes sonantes, sem discriminar seja o que ou quem for, sem qualquer especial intenção, e sem ordem alfabética ou cronológica, e sem imputação de ideologia?
Apenas alguns exemplos de uma lista sem fim (hoje só civis; militares também dão uma linda lista, começando por Ribeiros actuais ou indo lá muito atrás):
> Oliveira Salazar, Duarte Pacheco, Américo Thomaz, António Costa, Quintanilha Mendonça Dias, Vitor Constâncio, Cupertino de Miranda, António Ferro, Narciso de Miranda, Adriano Moreira, Franco Nogueira, Diogo Freitas do Amaral, António de Spínola, Jorge Sampaio, Marçal Grilo, Norton de Matos, Zeinal Bava, Ângelo Correia, Ricardo Espírito Santo, Pinto Monteiro, Alberto João Jardim, António Champalimaud, Duarte Lima, Correia de Oliveira, Vasco Gonçalves, José Manuel de Melo, Silva Pereira, António Arnaut (o pai do SNS e o advogado), Paulo Portas, Costa Gomes, Valentim Loureiro, Francisco Louçã, Manuel Alegre, José Sócrates, Ilídio Pinho, Mário Soares, Durão Barroso, António Guterres, Cavaco Silva, Mesquita Machado, Eurico de Melo, Vitor Alves, Marcelo Rebelo de Sousa, Melo Antunes, Proença de Carvalho, Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa, Pinto Balsemão, Jorge Coelho, Miguel Horta e Costa, Pedro Mexia, Adelino Palma Carlos, Sanches Osório, Vasco Vieira de Almeida, Rui Vilar, Valente de Oliveira, Vitor Crespo, Miguel Cadilhe, Almeida Santos, Salgado Zenha, Álvaro Cunhal, Oliveira e Costa, João Cravinho, Pereira de Moura, António Costa (governador BdP), Diogo Lacerda Machado, António Sousa,......um rosário extenso.
"Este é um discurso que só a elite pode fazer, é um pensamento/sentimento que só a elite pode ter. Penso que Marcelo Rebelo de Sousa sabe isso".
As elites são por norma o motor do mundo.
Pelo que a Portugal respeita, desde 1700 sempre a piorar.
Andamos no mundo dos acessíveis, dos fazedores, dos consultores estratégicos, dos convívios em jantares, festas, viagens à conta de alguém, de comissões por serviços, de cumplicidades. Com e sem contratos.
Quem quiser que se dê ao trabalho de ver por onde passaram alguns senhores e senhoras e aonde chegaram hoje. A maioria começou por assessor ou chefe de gabinete. Conheço um caso em que foi para secretário de um senhor amigo do papá, creio que ainda não tinha 19 anos. Hoje, entre outras coisas, é comentador! Elites!!!!!!!!!!!!!
AC
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