quarta-feira, 10 de agosto de 2016

PORTUGAL,......continua a arder
(Comentario das 0008, já 5Feira portanto; eu que vejo muito pouco as TV , por infelizes razões tenho visto TV; acabo de assistir a uma tola jornalista da TVI 24 a colocar das mais estúpidas perguntas ao presidente da CM Arouca, onde se desenvolve uma tragédia. O presidente, a meu ver, colocou a criatura no lugar, acabando logo de seguida com a conversa. Um exemplo acabado do jornalismo da treta neste desgraçado País)

Não pode deixar de se entender que me refiro aos trágicos incêndios.
Mas não só.
Portugal arde lentamente, lume brando, vai-se desfazendo, está cada vez mais frágil.
Quanto aos incêndios, não posso deixar de me lembrar de duas coisas do passado, algures em 2003, quando visitei o comando da proteção civil, Carnaxide.
Lembro-me do inacreditável briefing a que assisti, dado por um senhor que há pouco tempo teve de prestar contas à justiça. O que nada me espantou, dado o estilo então evidenciado.
Lembro-me, também, de ter sido um dos primeiros a fazer-lhe perguntas, e salvo erro uma directa - "isso que mostrou em power-point vai funcionar?
Mas lembro-me ainda muito bem de consultar as revistas que estavam numa sala, num expositor. Trouxe uma, e à noite fui mostra-lá ao meu amigo Luís que tinha sido governador civil. Depois do que ele me explicou fiquei estarrecido por um lado, mas completamente esclarecido por outro.
Mas incêndios outros devoram recursos financeiros, derretidos na laboriosa e pesada estrutura que mais particularmente desde 2002 vem sendo montada.
Kamov, aviões, SIRESP, etc, etc, ninguém fala na teia tenebrosa que envolve há anos estes temas.
Legislação dura, clara?
Ordenamento do território?
E eu que tenho procurado calcorrear Portugal Continental de uma ponta a outra em épocas diferentes do ano vejo bem o abandono que existem em muitas áreas mas, também quero realçar, que vejo outras com mostras evidentes de recuperação. Vejo isso nas Beiras, por exemplo. Mas há muito por fazer.
AGORA É QUE VAI SER.
A palhaçada já começou, como de costume.
O PR já foi à Madeira (acho que fez bem)
O novo messias é obrigado a ir amanhã.
A ministra da área em causa não faço ideia se acompanha o novo messias.
Esganiçados e esganiçadas estão à pressa a comprar bilhete de avião para a Madeira.
Enfim.
Pela minha parte, que muito provavelmente não serei grande exemplo para quase coisa nenhuma, tenho uma "cena" (como diz a juventude) na carreira de que me recordei esta tarde.
Nada de incêndios.
Um problema grave, acidente marítimo complicado, numa baía no Norte do Faial que, pelas minhas funções e responsabilidades na altura, me levou a estar baseado no Faial de 10 de Dezembro de 2005 a 6 de Janeiro de 2006. SEM INTERRUPÇÃO.
E ainda houve quem, lamentavelmente, se espantasse por eu lá ter passado o Natal e a passagem de ano sem família, junto de todos os que lá tinham também de permanecer, e de quem eu era o nº1 na hierarquia. Recordo, que o meu superior hierárquico em Lisboa entendeu estar comigo no Faial no período mais sensível de Dezembro.
Cultura e mentalidade diferentes, a minha e a dele.
Culturas e mentalidades que não existem em quase ninguém dos arrivistas que por aí andam.
Ah, e quanto a esse acidente, aprendi também muito com o que pude apreciar por parte dos governantes regionais na altura. MUITO.
AC


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