terça-feira, 17 de abril de 2018

PORTUGAL,  É UMA ANEDOTA?
Com muita tristeza o digo, me parece que é cada vez mais.
Justiça, desde os casos mediáticos, aos sistemas informáticos, á promiscuidade de magistrados em várias estruturas fora do sistema de justiça, etc.
Educação, concursos de professores, sempre a alterar planos de cursos, milhares de professores à espera de junta médica, e já agora e por exemplo vão observar o que não há muitos anos era uma escola modelo e como está agora a Delfim Santos em Lisboa, etc.
Saúde, é preciso apresentar exemplos?
Infraestruturas, o IP3, a bitola das linhas férreas, a ligação (??) a Espanha/ Europa, o aeroporto, os portos, etc.
Forças Armadas, exemplos desastrosos não faltam, com ou sem palavras sagradas, com ou sem murros no estômago, com o doa ou não doa e o ridículo do somos os melhores, mas sobretudo um País e uma sociedade que continua a não decidir que FA deve e quer ter e, em simultâneo, persiste em humilhar os seus servidores.
Fisco, é preciso dar exemplos?
Cultura, é preciso dar mais exemplos além da persistência de abandono em que ainda se encontra muito património edificado (embora existam várias recuperações feitas e em curso), ou a verificação de para onde vão alguns subsídios esquecendo-se que os destinatários da cultura são os cidadãos e não alguns artistas com salas vazias?
Representação dos cidadãos, é preciso dar mais exemplos para além do que semanalmente se passa na AR?

Quando penso nisto, nestas coisas, na minha e nossa envolvente, vem-me sempre à memória uma velhíssima anedota do tempo Salazarista em que existia prostituição "oficial". E que reza assim:
um desgraçado campónio ao fim de vários anos lá conseguiu arranjar uns tostões que lhe permitisse vir finalmente passar um fim de semana na capital. Recomendaram-lhe uma pensão manhosa, uma tasca onde podia comer uns petiscos e beber uns copos e, obviamente, falaram-lhe nas casas de meninas.
E num Sábado lá entrou ele numa delas. Logo depois de escolher companhia, o azar bateu à porta, houve uma rusga policial, e o agente chefe começou a perguntar a ocupação a cada uma das "pequenas"; as respostas variaram entre, a costureira, mulher a dias, secretária, modista, empregada de restaurante, cozinheira, etc, de tal modo que o desgraçado campónio assistindo à coisa a um canto não conseguiu evitar que lhe escapasse um sussurro - "querem vir que a puta sou eu".

É como muitas vezes quase me sinto isto é, vejo muito boa gente que nada vê. É a vida como dizia o outro, mas a realidade vai bater e não deve tardar muitos meses a evidenciar "como somos os melhores dos melhores"......
AC

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