terça-feira, 18 de setembro de 2018

COSTA, MEDINA, PASSES SOCIAIS.....
ENGOLE apenas quem quer, ou não se dá ao trabalho de raciocinar. Infelizmente, marca nacional.

Começou, aparentemente, como ideia de Medina, para a grande Lisboa. Repito, aparentemente!!!!!
Ao que parece sem qualquer conversa prévia com outros colegas autarcas presidentes da grande Lisboa.
Logo a seguir, berros do Porto. Depois alastrou a outros autarcas.
O pequenino Marques Mendes, não sei se discutiu a coisa com Marcelo e Sampaio, acha a medida de Medina uma excelente ideia. !!????!!!

Nesta coisa como em tudo o mais, haveria que ponderar as coisas com seriedade, com visão estratégica, discutir objectivos e para todo o País e, depois então, analisar medidas, políticas, para atingir esses objectivos fixados.
E isto não tem nada de "achismo", como gosta de referir o turbo administrador não executivo de tez rosácea, mas que diariamente acha qualquer coisa de tudo.
Mas antes de mais, sabem o que penso?
Penso assim, mesmo que exista alguma "taxa" sobre pensamento discordante.
"Oh Medina, lança lá a ideia, não posso ser eu senão vão berrar - eleitoralismo - que de facto é aquilo de que temos de cuidar, temos que tentar garantir votos.
Provavelmente o gajo do Norte e outros vão gritar - lá está o costume - e aí eu mando avançar o barbudo a dizer que vamos pensar em termos gerais de País. E depois hei-de aparecer a dizer mais umas coisas, mas aí já ressaltando a minha qualidade de grande estadista, a olhar a questão transportes em termos globais".
Injusto?  Pois pois.

Para começar, em quantas regiões, em quantos concelhos, para Leste da linha imaginária Norte-Sul traçada 40 Km a partir da costa, existem transportes colectivos decentes?
Mesmo em Lisboa e Porto existem dificuldades, limitações. 
Basta tentar usar transportes públicos na área da grande Lisboa, de extremo a extremo, para ter uma ideia de trajectos, de ofertas de transportes.
Dizem que será da ordem de 65 milhões o impacto financeiro da redução de passes/ custo estimado. 
Para lá de ser estimado, e sabemos bem no que resultam a maioria das estimativas dos governos, se fizerem os cálculos mais rigorosamente chegar-se-ia certamente a valores bem mais colossais.

Por outro lado, porque não gastar esses milhões em aumentar as ofertas de transportes em vez de baixar passes? Sabendo-se ainda por cima que no seu interior/ âmago querem é arranjar mais votos nas grandes áreas metropolitanas.
O que me parece mais uma vez, é estarmos perante jogadas do habilidoso, a mandar os vassalos testar as coisas quando, o que devia fazer-se, era avaliar o problema dos transportes, tentar definir objectivos globais, ainda por cima agora que tanto arrotam ao fim das desigualdades e à revalorização do interior.
Mas aí há poucos votos para caçar, certo?

Quanto à capacidade ou incapacidade de um qualquer presidente autarca anunciar medidas para a sua autarquia, lá porque as cidades são mais do que os que lá residem, isso tem muito que se lhe diga, desde logo porque o dinheiro sai todo do mesmo saco. 
E os presidentes das autarquias maiores têm a mania de pensar grande a contar com o dinheiro do País. Pois, medidas ousadas, não custa muito ser ousado com os amigalhaços do governo a ficar com dívidas e deles receber transportes e outras coisas "pro bono". 
É que assim não custa mesmo nada. 
Então se tiver amigos a fazer "riscos" e a dar a ganhar dinheiro a certos do costume, é um "forró".
Relevâncias institucionais, avançam alguns, aplaudindo a "ideia de Medina", mas esquecem a relevância maior que é o dever de se pensar o País todo. Falam muito nisso, mas praticam o nepotismo político.
AC

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