quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A PROPÓSITO da AUTOEUROPA
Há semanas e semanas que no porto de Setúbal se sucedem problemas com os estivadores. 
Com reflexos brutais para o (não) escoamento dos automóveis ali produzidos. Com a Base aérea no Montijo atascada de automóveis.
Parece-me legítimo supor, dado que nunca vieram à luz do dia da parte do senhor que chefia o governo actual e que tanto gosta de dar pulinhos, eventuais preocupações quanto à coisa em concreto e quanto aos reflexos vários/ colaterais. 
Reflexos severos para a economia, se isto se começar a desmoronar.
Vou aguardar pelo contentamento deste senhor por a democracia estar a funcionar tão bem, greves atrás de greves, em que até o César já acha mal. Pois é, deram-lhes gás...........
Não sou especialista na coisa, mas aposto que os estivadores têm alguma razão, ou mesmo mais que os patrões. 
Aposto igualmente que os tais patrões que apareceram nas TV representados por uma estranha criatura terão igualmente alguma razão.
Mas mal que pergunte, este normal funcionamento da democracia e  normal funcionamento das coisas deve ser deixado arrastar-se semanas e semanas, ao ponto de tudo se transformar num caos?
Então um governo, este ou outro, a partir de uma certa altura não deve partir a loiça e dar um murro na mesa?
Não há políticas fiscais e outras, expeditas, que possam obrigar certos patrões a ter mais ponderação?
E não é de fazer ver aos trabalhadores, com assertividade, o exagero que porventura possam estar a usar no legítimo e constitucional direito à greve? E se ficam sem trabalho?
Pelo que acabo de ver agora noticiado, e oxalá me engane, os estivadores, mais os fornecedores nacionais de material para a Autoeuropa, mais os trabalhadores da Autoeuropa, estão a pouca distância de ficarem a vangloriar--se da defesa dos seus legítimos  direitos mas............sem trabalho
O ditado popular da corda a esticar....................devia estar presente na cabeça de patrões e trabalhadores. 
Mas sobretudo de governantes que fossem responsáveis.
Um amigo de um dos meus cunhados, muito conhecedor do assunto, tinha-lhe dito há poucos dias que a Autoeuropa estava prestes a rebentar ou seja, que os alemães estavam fartos da paródia portuguesa e estavam a tratar de arranjar outros locais de produção.
Parece que, infelizmente, isto está a confirmar-se.
Vamos ver se a fábrica encerra ou não, por semanas fixas, ou tempo indeterminado.
Vamos aguardar para ver se se confirma que o facto de há bastante tempo terem deixado de chegar motores é, ou não, sinal definitivo de mais uma reversão deste governo.
Vou aguardar para ver se o pantomineiro irá dar mais pulinhos de contentamento.
DEPOIS QUEIXEM-SE.
AC



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