quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

T A N C O S
E o tempo vai passando.............e nada!
Já o escrevi e volto a repetir, cada vez mais me parece que se está à espera de uma teoria emanada do MP para salvar a face de muita gente. 
De todos os que - nunca souberam de nada, nunca viram nada, (Marcelo deve ter ficado arrepiado com o estado brilhante "daquilo" quando foi de supetão a Tancos), nunca foram informados de nada, nunca receberam nada formalmente, FORMALMENTE!
Alguns dizem, e com uma parte de razão, que Tancos tem servido para guerra política.
Não admira, das esquerdas às direitas nunca em Portugal decidiram as áreas onde não podia haver jogatanas políticas. E uma delas é a das Forças Armadas e outra a Defesa Nacional, coisa que vai muito para lá de Forças Armadas.
E assim vai continuar por muitos anos, pois são muito maus os protagonistas, e só pensam na carreira política e no assegurar das benesses ao fim do mês. Tenham a forma de vencimento, ou subsídios pelo que fazem e pelo que dizem que fizeram (!!).
Nos mediáticos informativos, a descarada ausência de vergonha na cara também tem sido marca da casa.
Populismos, encenadores de farsas, demagogos e, sobretudo, ausência completa de sentido de Estado, pesporrência a jorros, protagonistas serôdios.
Quem roubou?
Foi mesmo roubado?
Não terá sido uma mistura do acumular de registos errados/ material à carga, mais alguns desvios maldosos, tudo ao longo dos anos, até que alguém resolveu não pactuar mais?
SE CALHAR...................!!
Ah não, não senhor, o ministro da tutela diz que nas Forças Armadas não há problemas de inventários!
Deficiência minha, certamente, mas não cheguei a perceber se a ausência de problemas de inventários era devido à inexistência dos mesmos, ou à inexistência de papel para os garatujar, ou à inexistência de computadores e folha EXCEL, ou porque sim!
Como bons políticos, saiu mais uma comissão parlamentar de inquérito para a mesa do canto. 
POIS CLARO, e agora é que vai ser. 
Trabalho político, muito e ÁRDUO.
Pelo que se lê por aí, a lista dos que terão que ser ouvidos é imensa.
Iremos provavelmente assistir ás palhaçadas do costume - eu nunca soube de nada - nunca fui informado de nada - o meu antecessor nunca me falou em nada - eu já disse tudo o que sabia - era uma caixinha tão pequenina que nem quase dávamos por ela!
Provavelmente, quase certo, irão uns quantos atirar-se ao governo anterior quando, obviamente, nenhum governo está isento de nada no que respeita ao descalabro a que chegou a instituição militar.
Mas para esse descalabro muito foram contribuindo ao longo de muitos anos várias das sucessivas chefias militares, politicamente escolhidas desde 1991. Governamentalização.
1991, ano em que depois de terem tido que engolir um chefe militar  quando desejavam outro, alteraram a lei respectiva.
E quanto a governamentalização, basta ler atentamente a lei actual, e olhar para a fita de tempo de substituição do CEMGFA. Minudências?
E hoje temos o fofo protagonismo mediático de certos senhores, que construíram paulatinamente  a vidinha, fazendo jus à frase - o que custa é saber viver.
A coluna ser de colagénio é detalhe sem importância.
E de facto, no meio desta farsa toda (não a farsa apontada pelos amigos) a realidade do que aconteceu é que continua escondida, no meio do - há que respeitar as instituições (sussurram sem se ouvir, "mesmo que tenha que se esconder muita coisa"), eu nunca soube de nada.
Portugal é pequenino mas é um torrãozinho de açúcar, dizia o Queiroziano Brigadeiro.
AC

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