OBSERVANDO as NOMEAÇÕES
Não, não vou falar das nomeações para os Óscares.
Das coisas interessantes na sociedade, para mim naturalmente, é observar trajectos de carreira, interligações políticas e familiares e de conveniência, não apenas mas especialmente, as nomeações para cargos lá fora (Bruxelas, Embaixadas, Agências, Frankfurt, ONU, Banca internacional, cargos militares, etc), observando quer as nomeações civis quer as militares.
MUITO INTERESSANTE.
Dá trabalho, é preciso vasculhar, e o maçudo DR 2ª série ajuda.
Muitas nomeações diria que seguem o trilho da normalidade administrativa dentro de cada profissão, diplomata, militar, jurista, economista, etc.
Outras, hoje como ontem, seguem o trilho da conveniência de quem manda em determinado momento.
Por vezes, cogitação legítima, quem manda nomeia quem conhece, ou quem lhe é aconselhado, podendo haver clubites corporativas ou políticas. E com mais do que uma se bate anos do peito - olha o meu currículo!!!!
Outras vezes, cogitação igualmente legítima, quem manda acaba por nomear alguém que possa ter mais ou menos perfil para um dado cargo, mas alguém que eventualmente não seria nomeado se um ou dois do seu tempo e da mesma profissão estivessem à mão e não em cargos ainda por terminar.
Uma coisa é certa, parece-me, quer para civis quer militares, as nomeações serão em média pacíficas, não provocando nenhum esgar de surpresa ou sentimento de revolta interior.
Outras houve, há e haverá, que ficam sempre com certos contornos que, para a maioria dos profissionais da carreira em causa e para os observadores, escapará a justeza de tais nomeações.
Uma coisa é certa, e a história passada e recente tem disso algumas ilustrações, ás vezes quem manda quer cinzentões e não um especial mérito, quer sobretudo quem não venha maçar um dia com questões de honestidade intelectual.
Não sei se isso se deve a influências e costumes do passado, por exemplo, do século XIX, em que certas nomeações foram determinadas muito pela ausência de cor política definida, ou ausência de especial mérito, ou que à maioria dos observadores não provocasse especial repugnância, como em tempos Vasco Pulido Valente explicou por exemplo relativamente a partes da nossa movimentada história desse século.
AC
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
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