OS FIGURÕES
Prosseguem a sua vidinha, atentos às sondagens, preocupados com quase tudo.
Digo quase tudo, porque para dizer “com tudo” isso quereria dizer que se preocupavam a sério com os portugueses.
O que, como se verifica cada vez mais, não é verdade.
Todos os dias palram, todos os dias exibem afecto, sempre que há tragédias acorrem aos locais ou enviam condolências.
Estão cada vez mais populistas, direi mesmo, de um nojo insuportável.
Palram muito, e vão a todo o lado, e não sei se o pandego do Rui Rio não tinha isto também em mente quando disse que Costa tinha de trabalhar.
Entrevistas, inaugurações, funerais, visitas, medalhas, prémios, "vernissages", deslocações ao estrangeiro a bem da Nação, distribuição de sopinhas, aberturas de congressos, cumprimentos, recepções, artigos semanais para jornais, etc.
Uma canseira.
Mas terão de facto a ideia concreta,
> das filas actuais, ao Sol, ás portas dos centros de saúde?
> de que, por exemplo e entre muitos casos, um homem está quase sem poder andar e a operação urgente à coluna vertebral perfeitamente identificada continua a não estar agendada?
> de que foram as insolações de Julho as causadoras de qualquer coisa como 10000 óbitos? (Governo/ Saúde/ DGS dixit?)
> ...........
A lista é enorme, não vou cansar-me!
Uma coisa é certa, tratam da vidinha, servem-se, em vez de servir a comunidade.
Ah, na lista dos figurões, consta também aquela rapaziada toda dos protestos, que se alcandoraram a quase senadores da República e, enquanto não lhes chamam isso, assentam-se em bons gabinetes de palácios e instituições pilares do regime.
AC
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