ESTIVE a LER a "SÁBADO" de 18NOV2020
Li com atenção este número da revista Sábado.
Como em todo lado, partes interessantes, outras nem tanto, algumas desprezíveis, opinião minha naturalmente.
Um dos artigos que mais me despertou o interesse, e que li e reli, foi sobre Salazar e as cunhas em que Salazar seria useiro e vezeiro. É o que a capa da revista define, claramente, seria useiro e vezeiro.
Mas lido o texto com atenção, duas ou três conclusões e dúvidas são possíveis de registar.
> Uma dúvida, Salazar seria dado a interceder, meter cunhas, dar favores? Não faço ideia, nem me interessa muito a coisa, mas o senhor historiador Rosas, sobrinho de um homem importante do tempo de Salazar e Caetano saberá.
> Salazar desprezava quem lhe escrevia directa ou indirectamente? Pelo que vejo neste artigo da revista, fica-me a sensação que não desprezava, ao ponto de se poder legitimamente concluir que uma esmagadora maioria de cartas foi recebida, registada, encaminhada, e não foi para o lixo, ou convenientemente guardada em cofres pessoais, tanto que são hoje passíveis de consulta.
> Este aspecto que acima refiro remete-me para os nossos tempos de democracia. O que quero concretamente dizer, é que estou a recordar-em de um pantomineiro que terá fotocopiado milhares de documentos antes de definitivamente deixar o gabinete, documentos que nunca mais ninguém viu, estou a recordar-me da documentação sobre importantes negócios e que não se encontram, estou a recordar-me de desabafos até de recentes ministro do PS em que não se encontram documentos por exemplo sobre PPP e por aí fora.
> Este aspecto que acima refiro remete-me para os nossos tempos de democracia. O que quero concretamente dizer, é que estou a recordar-em de um pantomineiro que terá fotocopiado milhares de documentos antes de definitivamente deixar o gabinete, documentos que nunca mais ninguém viu, estou a recordar-me da documentação sobre importantes negócios e que não se encontram, estou a recordar-me de desabafos até de recentes ministro do PS em que não se encontram documentos por exemplo sobre PPP e por aí fora.
> Estou ainda a recordar-me da palhaçada à volta de Tancos, a tal telenovela onde Marcelo nunca soube de nada antes de, Costa também não, Azeredo também não, memorando ou memorandos sem assinatura, sem registos, etc.
> É de facto curioso registar este tipo de coisas e diferenças. Entre o que se pode hoje consultar e entre o que nunca poderá ser consultado dado que certos democratas dos 4 costados fizeram desaparecer a papelada, mas cuidando sempre de arranjar boas sinecuras para si e para os seus. Aquela doutrina - nada de prejudicar as pessoas só porque são do partido ou próximas.
Ou aquela outra doutrina - para os amigos TUDO, para os inimigos NADA, para os outros aplique-se a lei.
Cunhas? Bem sobre isso recordo o filho de......para Estrasburgo, o filho de......para Bruxelas, o filho de.........para a Embaixada lá fora......etc.
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário