A M I Z 🔨A D E S
Cada um aduba, cultiva, cuida, e elogia as amizades que entende. E ninguém tem nada com isso.
Todo o cidadão tem o dever e o direito de estar atento à vida pública, e eu não viro o olhar ao que se passa. Olhando aos pândegos que se gabam de não ter cartão partidário, mas do partido se serviram sempre na vida pública, e continuam a servir-se agora nas sinecuras várias em que o partido tem poder directo ou encoberto ou teleguiado, controladoras muitas delas, é interessante assistir à baba com que se confessam apreciadores de certa gente, e confessam certas amizades. E cada vez com mais pesporrência consideram o país como o seu quintal no bairro chique de Lisboa. Embora dando sempre uma no cravo e outra na ferradura, para darem a sensação de equidistância. Mal que pergunte, que é que eu e os cidadãos comuns temos a ver se o vaidoso é amigo de A ou B ou C?
É mais um daqueles, sempre a beber do fino, e que consideram todos os outros concidadãos tontos e desconhecedores daquelas coisas a que só seres superiores chegam e entendem. Têm uma lata e desfaçatez enormes. A designada descarada ausência de vergonha na cara.
Não há ausência de mérito, mas carreira à pala do partido e da cor!
É como estamos, e explica muito de como isto está. E por isso oiço sempre com gosto os de oitenta e muitos que o conheceram de ginjeira.
AC
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