terça-feira, 23 de novembro de 2021

A  CNN  TUGA
A TVI 24 "Travestiu-se", passou a chamar-se CNN 🔊Portugal. 
Hoje de manhã bem cedo, estava tanto vento que, apesar de bem agasalhado, achei mais prudente cancelar a caminhada que começara poucos minutos antes. Regressado a casa resolvi abrir o televisor e usar a tecnologia para ir ver a sessão inaugural da coisa. Vi quase duas horas da pessegada. Depois fui ver pela NET o que diziam os jornais sobre este espectáculo que, garantiram ontem os meninos e meninas lá do sítio - isto agora vai ser tudo diferente, vai ser só falar verdade (e, NÃO CAIAM da CADEIRA), vai tornar a nossa democracia mais robusta. Só para rir!

Eu não sou de ter preconceitos de partida, seja sobre o que for. Mas, confesso, este sr Mário Ferreira nunca me sugeriu nada de bom. E não me impressiono pelo que se sussurra há anos ter sido o seu início de vida laboral. Mas também não esqueço o sussurro.

A forma como jornalistas (tudo caras conhecidas e várias recauchutadas) e convidados falaram da «verdade» como novidade do projecto, faz raciocinar mais maduramente. Então, antes, ….…..agora….os...... mesmos………….... Bem……..

Não me pareceu nada de novo, mas admito ser eu o esquisito.
Depois, a parolagem do costume a abrilhantar a coisa. Sim, refiro-me a esses.

À boa maneira do costume, naquela modalidade para chamar incautos e tolos que, INFELIZMENTE, por cá são aos milhares e milhares, a grande surpresa da noite era falar com um burlão. É o que a justiça portuguesa definiu, um BURLÃO. 

Portanto, para chamariz, a parolice do costume, uma fantochada, e queriam que o homem dissesse que ama muito o seu país, e onde se encontra. Bem podiam ter escolhido umas cenas do Marcelo a mudar o fato de banho ou ir ao multibanco em vez daquilo.

Portanto, antes, no outro canal (o mesmo com outro grafismo) a verdade era uma coisa assim fugidia, agora é que vai ser. Enfim.

Mais um canal subserviente que, em vez falar por exemplo, das questões da energia e da dependência de importação cada vez maior, de analisar as questões laborais e de organização do SNS, de abordar a carga fiscal, os atrasos nos programas da ferrovia, a pouca vergonha à volta da TAP, e dezenas de muitas outras coisas prementes na sociedade, andam a conversar com um burlão, ou a mostrar protestos em países da UE etc.

Quanto ao Rendeiro, ao menos podiam ter perguntado ao homem, como é que tem dinheiro para viver lá fora por vários anos, como é que tem dinheiro para processos internacionais, e como é que esse eventual (tem milhões de certeza) dinheiro poupado é explicável pelos seus proventos legais.
AC

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