A TRANSPARÊNCIA NA POLÍTICA
A ausência de transparência na política não é um monopólio da política em Portugal. Mas interessa-me é o que se passa em Portugal.
Natural e obviamente, para mim pelo menos, certas conversas entre determinados titulares de órgãos de soberania, certas decisões em determinadas épocas da vida nacional, histórias, encontros, certas negociações, certos compromissos, certos episódios, não devem na altura em que se desenrolam vir a público. Por razões que me atrevo imaginar, a esmagadora maioria das pessoas reconhecerão como razoáveis, porventura indispensáveis, em determinada altura, nessas alturas.
Isto dito, já me parece pouco razoável que passados por exemplo, sei lá uns 20 anos sobre uma dada decisão, evento, nomeação, compromisso, história, tanta coisa continue nos segredos dos conluios por baixo da mesa. É extremamente curioso observar defensores da opacidade mas sempre quanto aos da sua cor. Curiosa a defesa dos limites para a transparência, como se fossemos todos muito burros e não percebêssemos o porquê de algumas dessas defesas.
E um dos porquês leva a que fique na sombra, por exemplo, a construção de certas carreiras sabe-se lá à custa de quê e de quem. Temos exemplos variados disso. Uma das várias razões porque o Portugal democrático se transformou naquilo que se vê, pobre e miserável, e com uma população desgraçada, bastando apenas olhar seriamente e comparar por exemplo com os que se juntaram à UE depois de 1990.
Viva os democratas da transparência quanto baste.
AC
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