quarta-feira, 4 de maio de 2022

DIA MUNDIAL do TRABALHADOR. 
SINDICALISMO.
Antes de mais, continuo sem perceber como ainda não alteraram isto.
Não devia ser …do trabalhador, da trabalhadora, etc.? Adiante.

Celebrou-se mais um 1° de Maio, Dia do Trabalhador e, com a reserva de que quase não vejo TV, e leio as gordas pela NET, ia jurar que não houve assim tanta gente nas celebrações. Quando, do que vi, reparo que as filmagens e as fotografias apenas mostram partes mais localizadas e não mostram o espaço todo para onde foram convocadas manifestações, Hummmm………..Espera, vi uma fotografia da Alameda………Jesus, milhares de pessoas…….espera, se forem 3000 já são milhares……..

A questão sindical é um dos temas interessantes de analisar na sociedade, a nossa e nas outras. Eu quase nada sei sobre o assunto. Mas conheço quem sabe. E vou lendo alguma coisa.
A sensação que tenho é de que cada vez há menos sindicalizados. Este 1º de Maio passado é elucidativo.
 Há certamente várias e diferentes razões para isto. Umas mais importantes outras certamente mais acessórias, quase sem importância.

Mas eu reparo em certas coisas e, para mim naturalmente, podem enquadrar-se nas menos importantes mas………sintomáticas!

Por exemplo, foi eleito um novo dirigente na UGT. Leu-se nos jornais no dia a seguir à eleição, que - foi hoje eleito…… -
Bom, foi eleito mas, vários dias antes, eu já tinha visto nas gordas que o homem seria o próximo dirigente da UGT.
Certamente pouco importante para analisar os problemas de que enferma o sindicalismo, mas este detalhe para mim não deixa de ser ………..CURIOSO, ……..eleito antes da eleição formal!

Foi certamente por isso, por haver novo chefe da UGT, que as comemorações do 1º de Maio por parte da UGT foram tão entusiásticas e exuberantes!

Se olharmos à CGTP, aí o panorama é igualmente curioso mas com outras nuances, porventura caricato. Para mim, naturalmente.
Tão caricato que a a actual "chefa" achou por bem vir a público dizer que a CGTP não tem nada a ver com o PCP
Foi uma das melhores anedotas da semana!

A realidade, é que a sindicalização diminui ano após ano.

Outras realidades, outros factos, a meu ver a ter em conta.

Na vigência do governo que veio tentar consertar as grossas asneiras de Sócrates e dos seus ministros (entre eles António Costa, Santos Silva, etc.), um governo que devia ter tratado de cumprir com rigor o programa assinado pelo PS mas que devia não ter sido parvo e ir além desse programa, as ruas andaram a ferro e fogo, constantemente.

Se observarmos o que se passou de 2015 até agora, as ruas andaram relativamente calmas. E agora, com o absoluto Costa?
Eu sei e muita gente sabe, que pouco foi resolvido de 2015 para cá. 
Eu sei e muitos sabem, infelizmente, que muito está/ continua mal, não há grandes diferenças apesar da propaganda volumosa do PS.

Se vier a concretizar-se nas ruas o que penso está basicamente planeado, e já há pequenos sinais, então a questão sindical tem aí mais uma explicação para as suas doenças.

Nisto tudo há, penso eu, também uma questão de fundo de natureza cultural e de cidadania. É a minha convicção quando olho para países Europeus muito mais desenvolvidos. Como sei pouco, ainda não percebi as razões profundas para, nos Nórdicos, haver maior sindicalização e não tanto na Alemanha. Penso que é assim, a menos que tenha lido mal.

Naturalmente que se colocam questões de igualdade/ desigualdade, sendo certo que o crescente enfraquecimento sindical concretamente das centrais, terá consequências desfavoráveis para o  mundo do trabalho. Creio não estar errado. Assunto a seguir.
AC

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