terça-feira, 17 de maio de 2022

O Fim é o princípio.
Uma página que se vira.
Somos a tinta fresca em folha áspera.
A capa dura. Aquilo que procura.
Somos a História.
Desde sempre.
O terramoto de 55 e a revolução de 74.
Somos todos os nomes.
As pessoas do Pessoa.
Alexandre Herculano e Ramalho Ortigão.
O mundo na mão.
Ponto de encontro.
De quem pensa. De quem faz pensar.
Temos a pele enrugada do acontecimento.
As páginas são nossas.
E o pó descansa na capa também.
Sabemos falar de guerra e de paz, explicar as origens das espécies e dizer qual a causa das coisas.
Somos o que temos.
A tradição e a vocação.
A atenção. A opinião.
A história de dor e de amor.
Somos o nome do escritor.  
A mão do leitor.
Somos livros.

(Manifesto somos livros, Bertrand)

Cada vez mais procuro minimizar defeitos e limitações, cada vez mais procuro pensar, ponderar, revisitar noções e conceitos. Nunca fui de modas e assim continuo. Ouço, leio, registo, penso. E os livros são preciosa ajuda.

António Cabral

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