quarta-feira, 25 de maio de 2022

JUSTIÇA.  DIREITO INTERNACIONAL.
Mesmo na guerra existem regras, internacionais. 
Parece mais que evidente que da parte do invasor/ agressor Russo muitas das regras foram logo quebradas. Parece não existirem quaisquer dúvidas sobre enormidades, atrocidades, crimes, praticados pelas forças invasoras. Mas devem ser analisados, julgados e daí tirar consequências, condenações à luz da lei internacional.

Em teatro de guerra, e sobretudo com forças de países que me dispenso de identificar, os militares têm um determinado enquadramento, uma determinada cadeia de comando. Não estou a ver possível um cabo não disparar sobre alguém em desobediência a ordem superior. Enfim, é assunto que, como se usa dizer, dará pano para mangas ou mais.

Em teatro de guerra, com os horrores que diariamente passam nas cadeias de TV ocidentais, qualquer militar obedece em princípio a ordem superior. Quem não o fizer, ou deserta sorrateiramente ou creio que ficará em muito maus lençóis.

A acrescentar aos horrores que me parecem indesmentíveis e atribuíveis maioritariamente aos Russos, estão a somar-se outros aspectos para mim preocupantes. Quando vejo uma espécie de recrutamento de jovens  em escolas Ucranianas ensinando-os a manejar armamento, quando vejo um simulacro de julgamento e de justiça condenando num ápice um Russo de 21 anos, vejo que o que está há três meses mal e já mesmo mais que péssimo, parece tender  ainda mais para o execrável.

Não me admirará nada que dentro de poucos dias os Russos iniciem palhaçadas similares ao que Zelensky e seguidores concretizaram agora.
Para mim, é fundamental haver muitas mais equipas internacionais  a colher provas no terreno (Bucha, etc) que habilitem sem margem para dúvidas julgamentos pelos crimes que certamente já foram cometidos e que infelizmente mais haverá.
Agora, palhaçadas é coisa caricata, inaceitável, próprio de cantor de opereta. A demagogia e manipulação resultará com os milhões que se guiam e/ ou deixam enganar por emoções e comoções. É provável, mas não é caminho correcto.

Será inaceitável que, eventualmente, não se trate de obter todas as provas que possam vir a demonstrar mais tarde os crimes que quase de certeza têm sido praticados. Juntar as peças todas, agir a seguir, julgar, concluir, decidir, punir, à sombra das leis internacionais.

Em Nuremberga, foram julgados 
os responsáveis maiores da Alemanha nazi, e vários foram condenados. 
Ficaram centenas ou milhares de Alemães sem serem punidos pelo seu papel hediondo nos campos de concentração, ou pelo terror em cidades como Paris, pelos assassínios que cometeram, etc., etc.? 
Certamente que sim. 
Mas o culpado dessas atrocidades, mortes, terror, violação de todos os mais elementares direitos humanos não foi nenhum Alemão imberbe de 18 ou 21 anos, mesmo que esse imberbe tenha morto civis (que os houve, e muitos com certeza)! 
Hitler vê-se em filme umas horas antes de desaparecer, no exterior do seu "bunker", acarinhando jovens imberbes. 
Esses jovens deviam ter sido presos, punidos?

AC 

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