ABUSOS, IGREJA CATÓLICA, PAPAGAIO-MOR
É da história que, de há séculos, as igrejas no mundo que não apenas a católica, tem enormes responsabilidades no tema "abusos sexuais" e nomeadamente com seres humanos de menor idade. Pedofilia.
É da história, ossadas de recém-nascidos nas galerias ligando castelos e palácios a conventos e mosteiros. E muitas outras coisas.
É da história que só recentemente a igreja católica e nomeadamente pela acção do Papa Francisco está a tomar posição assertiva sobre o assunto. O caso do ex-cardeal de Boston foi dos mais eloquentes e concretos.
Mas, a par de acções concretas para apuramento de casos, parece persistir algum manto de encobrimento. Em alguns casos, poderá não ter por trás postura premeditada mas, em muitos outros, poderá porventura verificar-se uma indolência inqualificável.
Por cá, há meses que se iniciou um processo para apuramento de passados. Desconfiando eu, sempre, da nossa comunicação social e, sempre, de certos gabirus que teimam em considerar que, por palrarem do alto do seu cadeirão todos temos de amouchar às suas opiniões pessoais e dizer "amen", continuam a surgir suspeitas que devem obviamente ser apuradas, com rigor e transparência.
Não tenho dúvidas de que muitos prosseguem uma metodologia para cada vez mais atacar e se possível arrasar a igreja católica em Portugal.
Mas, por outro lado, a eventual passividade, o silêncio, o refugiarem-se no alto das suas elevadas posições, as opiniões fofas de uns quantos, nada ajudam à defesa da igreja católica em Portugal, igreja intimamente ligada com a nossa matriz histórica e identitária, e que não deve ser esquecido.
Não ajuda a igreja católica em Portugal a verborreia pesporrente disfarçada de populismo. Também outros conheceram, e bem, altas figuras da nossa igreja católica.
Considero importante defender a igreja católica e muito louvar os esforços e a acção do Papa Francisco.
Mas, ao mesmo tempo, importante, inquestionável, apurar com cristalina justiça todos os crimes que tenham sido cometidos e que, infelizmente, devem ser muitos. E, sempre que juridicamente possível, devem ser PUNIDOS com a maior severidade legal. E sem interferências, quer de esquerdalhada com as suas discutíveis agendas, quer de extremistas nojentos. E nada aceitável mudança de párocos para capelanias hospitalares.
Criminosos? Confirmado em tribunal, sem margem para dúvidas? Capelania de Alcoentre!
António Cabral
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