quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

PORQUÊ   o   BLOGUE ?

Chapéus há muitos

Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar. 

Porque me apetece. É para mim.
Comecei-o em finais de 2013, concretamente a 11 de Dezembro depois de não querer continuar a maçar um homem da minha profissão que muito prezo, e me aturava e aos meus desabafos. A quem estou grato.
Chapéus há muitos e este é um deles.
Eu não gosto nada que me tentem enfiar barretes, nunca gostei; desde os meus 15 anos de idade que em casa particularmente a avó materna me intitulou "escarapão" (pessoa arisca, seca) pois já nessa altura não apreciava ser tratado como bebé e enganado, ou infantil retardado.

Barretes enfia quem quiser. Depois queixem-se.
Este chapéu em cima que foi fotografado em 2011 na terra Brasileira dos coronéis (Ilhéus), e Vasco Santana, inspiraram-me para o nome do blogue.

E, quanto a Facebook, Instagram, Twitter, etc. ?
Respeito quem opta por eles, mas não tenho nem nunca tive conta nessas e em outras redes sociais. Duvido que algum dia venha a ter.
Fico só com o blogue. 
Partilho aqui a minha opinião, e respeito sempre as dos outros concordando ou delas discordando. Não sou do contra porque sim.

TER um BLOGUE ?   PORQUÊ ?
Porquê ter um blogue? 
Partilhar opinião, e desabafar. Apetece-me escrever, corrigir-me quando for caso disso, meditar.
Opinião, divulgá-la. Aceitem, comentem ou não.

Muitos o fazem também nas outras redes sociais mas essas não as quero utilizar.
Respeitando sempre a opinião e entendimento alheios, nessas redes onde não quero ter conta, tenho a sensação de que a superficialidade é muito maior a maioria das vezes.

Teoricamente, para o cidadão comum está igualmente disponível, por exemplo, escrever para os orgãos de comunicação social, e nomeadamente do tipo "cartas ao director". 
Mas, para lá delas, é difícil e mesmo quase impossível o acesso aos OCS se não integrar, de certas formas, o "sistema". 

Ter lá amigos ou pelo menos conhecidos de antanho. E se tiver cartão colorido melhor, é então muito fácil. 
Vê-se isso com paisanos e militares, muitos que se reclamam de não ser filiados. 
Pois! Ah, além disso é fácil de verificar que por vezes certos textos aparecem para preencher aquela "quota" de rebelião ou contraditório - até aquela associação, até aquele político, até aquele militar, ..... 

Aqui, tento fazer alguma coisa e, se falho, e tenho falhado, e falharei ainda certamente, pelo menos fico melhor de certeza do que aqueles que se acomodam, que tentam nada fazer e conseguem-no plenamente. Já abordei isto no passado. É o meu lema. Volto ao tema.

Ter um blogue, opinar e, adicionalmente, tentar não ser cerceado na informação, lendo cá dentro e lá fora, lendo, pesquisando.
Já me disseram, insiste em escrever cartas aos directores de jornais e revistas, ao PM, ao Presidente da República.
Pois, pode ser, mas a minha experiência nesse campo (OCS) mostra bem como vamos de jornalismo, e fico-me por aqui, além do já referido supra. 
Arranjam/ arranjaram sempre as desculpas as mais idiotas como a de que o artigo tem caracteres a mais mas, depois, vai-se a ver, os jornais estão cheios de "lençóis" dos habituais comentadores encartados. 
Quanto ao PR, sei o que escrevi e registo o seu ensurdecedor silêncio.

Isto dito, não me parece que o - Chapéus há muitos - possa ser rotulado de ""alinhado"" seja com o que for, seja com quem for.
Sou alinhado sim, na procura do rigor embora admita ter falhado aqui ou ali, na procura do esclarecimento factual, porfiando a isenção, sempre sem intolerância, reconhecendo quando erro. 
Tenho coluna vertebral. Não pratico "partidarite". Não sou político. Tempo opinião.

Alinhado com preocupações pela minha sociedade, não me isolando das envolventes interna e externa. 
Alinhado com a instituição a que me prezo de pertencer agora como reformado há anos, não deixando de muito lamentar o que alguns fizeram de prejudicial ao longo de anos. Nem o que alguns porfiam pensando só no seu egoísta interesse pessoal.

Digo quando concordo, digo quando discordo. Chateia-me muito, sempre me chateou muito, o respeitinho serôdio que alguns dizem estar a voltar mas que, na minha opinião, já aí está bem imposto.
Respeitando sempre outrem. 

Haver troca de ideias era bom mas, infelizmente, a maioria escolhe ficar calado, não se pronunciar, não comentar. 
Respeito a postura, mas é pena, sobretudo porque suspeito que uns não comentam porque - o gajo é mais novo que eu - ou - o gajo não é da minha cor - ou - não quero reconhecer que ele tem razão - ou - é mais moderno que eu - ou - protocolarmente inferior a mim - etc. 

Dou a mão à palmatória sempre que me é demonstrado com educação  de que não vi bem uma coisa, que me enganei, que me precipitei, que mesmo sem o desejar quase possa ter agredido. 
Mas irrita-me muito os preconceituosos. Ás vezes fica-me a sensação de que alguns gostariam de estar outra vez no PREC.

Tenho a noção perfeita de que ter um blogue, opinar, desabafar, mostrar indignação, colocar à consideração dos outros perspectivas pessoais, nada no imediato resolve na realidade que nos cerca, na chamada envolvente. Não tenho sobre isto a menor dúvida.
Mas, ao mesmo tempo, lembro-me do ratinho que, mijando no 
oceano dizia - qualquer bocadinho pode ajudar.

A liberdade, e designadamente a de expressão e a de opinião, é porventura o primeiro mandamento da nossa convivência democrática.
Como referido no dia da minha emancipação bloguista em 11 de Dezembro 2013 (porque fui sempre muito bem acolhido no blogue de um bom amigo a que acima já aludi), decidi-me a criar um blogue muito motivado, também, pela minha amadora devoção à fotografia. 
Adicionalmente, fico mais à vontade no que pondero e escrevo. 
Aqui e ali tento divagar por temas variados e até reproduzir graçolas ou abordar assuntos como cultura, património, culinária, doçaria, viagens, etc.

Não faço, não tenho que fazer, não farei combate político.
Mas não me calo mesmo que alguns francamente não gostem, que achem de mau tom.

O respeito pelos titulares dos órgãos de soberania é um assunto delicado e deve ter-se isso presente.
Mas respeito pouco ou a caminhar para o nada quem acintosa e sucessivamente a pouco respeito se dá e desperdiça capital político.
Interessa-me a vida, a minha, a dos meus, a dos meus concidadãos, as ideias, os princípios e os valores.

Preocupa-me a infelicidade de milhões mas a começar nos portugueses cá dentro e os da diáspora
Chamem-lhe nacionalismo se quiserem. Não me é indiferente o sofrimento alheio como o que de terrível se passa na Ucrânia, mas irrita-me solenemente reportagens como na SIC a mostrar lugar estrangeiro onde se passam dificuldades enormes em vez de vasculhar no Portugal Continental ou no Norte da ilha de S.Miguel e verificar o "esplendor" cá dentro.
Preocupam-me, as desigualdades gritantes e muitas persistem em Portugal, tal como a pouca eficácia de instituições como por exemplo o sistema de justiça nacional cujo desfecho é, muitas das vezes, caricato, deplorável mesmo.

Como aquela criatura que se julgava ministra da justiça a perorar sobre a aprovação do pacote de combate à corrupção; se não estou enganado ficou um detalhe curioso nesse pacote, para não dizer pornograficamente escandaloso, o enriquecimento ilícito fora desse combate. 

E os reguladores que pouco ou nada regulam, e de independência duvidosa, e estão sempre muito atentos à posteriori? E as informações de preços de combustíveis 8 Km antes de cada estação de serviço, sempre surpreendendo-nos com preços iguais? 
Mas Marcelo disse que em 1922 não tínhamos reguladores e que agora temos. Eis um bom exemplo de descarada ausência de vergonha na cara, quando se verifica a partidarização de cargos de regulação, a começar no Banco de Portugal.

Estou completamente farto de tanta pouca vergonha, dos múltiplos exemplos da podridão que prosseguem mas sempre resguardados nos pareceres que nunca dão a conhecer aos cidadãos. 
Farto de tanta demagogia destas pandilhas que só se sentam à mesa do OE e aconselham os negócios aos amigos e familiares, muitos desde idade tenrinha. 
Farto de cada vez mais Estado, dos gritos de demagogia e das mentiras, para depois jantarem todos num qualquer bom restaurante da capital ou no Norte.

Farto de exemplos vergonhosos como festejar eventos com opíparos jantares em conhecidos restaurantes da capital, sobrando para os contribuintes o pagamento de uns milhares de euros para despudorado contentamento de uns sem vergonha.

Repulsa pelos abusos, demagogia, cinismo, desfaçatez, e ainda por uns quantos que dadas as suas importantes mas temporárias funções na sociedade se têm como devendo estar acima da LEI.
Todos têm que se explicar, prestar contas, explicar as decisões com frontalidade e transparência. Coisa que não se vê.

A democracia tem regras que, sempre que as coisas desagradam a certa gentinha, fazem por esquecer. Como anda acontecendo, outra vez e outra vez. 
Infelizmente, são imensos desses que dominam nas instâncias de poder, aliados a escritórios e "donozinhos" disto e daquilo. Existem umas quantas honrosas excepções, mas são bastante menos que a maioria bafienta.

Preocupa-me muito a vida e futuro dos das faixas etárias que actualmente têm entre 10 e 20 como os meus netos, os de 30, 40 e 50 anos. Quase todos nascidos depois do 25 de Abril. 
Preocupa-me que muitos (presumo, mas não devo estar muito errado) não se revejam em nenhum partido actual. 
Preocupa-me, e eu senti-o, que não consigam participar efectivamente a não ser que se metam em "jotas" ou em certas áreas nas autarquias, ou em certas organizações capturadas. 
Preocupa-me o simplismo que hoje se vê muito, o - ou és por mim ou estás contra mim -, ou só subirem aqueles que dizem "amém" aos chefes!

Continuarei a acompanhar o que se passa no mundo, darei a minha opinião, tentarei continuar assertivo e o mais rigoroso possível, e mesmo com as "SS" e as "LL" ás vezes a reclamarem, não me dobro nem me sento. 
Tenho coluna vertebral sem deformações ou melhor, algumas vértebras têm mazelas, mas são ÓSSEAS! ÓSSEAS!"

Subordinado aos ditames da nossa CRP, nunca submisso nem politicamente correcto. 
Só sou conservador nos valores e princípios, e cada vez me repugna mais a narrativa oficial que vai escondendo muita coisa. 
Não me incomodam as mudanças mas incomodam-me as modas e as banalidades e a desonestidade intelectual. 

Como bem assinalado, "Recomeça..........se puderes, sem angústia e sem pressa, e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcançares não descanses, de nenhum fruto queiras só metade." (MIGUEL TORGA)
Isto dito, nada mais,..............pintassilgos não são pardais.

Afinal, apenas mais isto.
Um blogue, escrevendo com assiduidade, acompanhando de perto a envolvente interna e externa, partilhando opiniões, à luz do que acima referi. E chapéus há.............. muitos. 
Mas, também há muitos barretes.
E eu não gosto nada que me tentem enfiar barretes.
Deste chapéu em baixo gosto!
Com algumas imprecisões involuntárias, com algumas correções "a posteriori", com algum erro aqui ou ali, é minha decisão profundamente ponderada e determinada, pelas razões objectivas supra referidas
continuar sempre que possível a escrever diariamente. 

Como sempre faço, respeito a opinião de outrem, respeitem por favor as minhas e se assim quiserem ter a gentileza, ajudem-me a ser melhor cidadão.
A terminar, muitos poderão entender que algumas das minhas críticas visam certas pessoas mas não, visam apenas o esquecimento da dignidade que essas pessoas devem ao cargo que temporariamente exercem.
E por isso em algumas pessoas votei no passado mas neles deixei de votar.
António Cabral (AC)

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