1989 marcou o início de uma nova Era. Uma Nova Ordem!
A partir daí tudo sucedeu rapidamente, e o bloco opositor do bloco NATO desintegrou-se.
Uns pândegos acharam que até a Rússia se poderia juntar aos "Bons".
Tal como na política portuguesa com a demagogia e mentiras crescentes antecedendo as eleições de Março próximo, agora (1989-1991) é que ia ser! PAZ.
Mas não foi bem assim.
Passou muito pouco tempo e porque não se vislumbrava a tal Paz, em Junho de 1992, o secretário-geral da ONU apresentou uma "Agenda para a Paz", muito celebrada por esse mundo fora.
Acções racionais de prevenção de conflitos, resolução de conflitos, manutenção de paz, e reconstrução das condições de manutenção de paz.
Mas faltou decretar, simultaneamente, uns quantos milagres!
Bom, o tempo foi correndo e aparece 1995, sendo evidente que, como não tinham sido decretados milagres, a paz . . . .
5 de Janeiro de 1995 Butros-Gali resolve apresentar um "Suplemento a uma Agenda para a Paz", tipo vitaminas, mas sem ainda decretar milagres.
Uns dias depois, 18 de Janeiro, a super activa e decidida ONU pela voz do famoso "Conselho de Segurança" decreta que a primeira missão da ONU no futuro deve ser de desenvolvimento dos melhores meios de eliminar as causas fundamentais dos conflitos. Lindo!
Mesmo Lindoooooooo!
A realidade?
Terminada a guerra fria não muitos anos antes, sucederam-se conflitos por toda a parte. Conflitos étnicos, estados desintegrando-se, intolerância diversa, crescentes zonas do globo com fome, disparidades alarmantes.
E surgiu uma coisa das mais curiosas (opinião pessoal, naturalmente) para não dizer caricata, a ONU proclama 1995 ano da Tolerância, ao ponto da UNESCO ter sido mandatada para preparar uma declaração de tolerância, assim se esperando uma mobilização geral da sociedade civil mundial. Ora aí estava decretado o milagre!
Até o Vaticano II modificou a teologia da guerra justa!
Violência sistémica, desprezo por valores, muita semântica com os direitos humanos sempre na boca, aspectos morais e espirituais da vida postos sempre de lado, os interesses acima de tudo.
Como estamos e continuamos.
Na Tugolândia discutem casas de banho e outras coisas.
AC
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