A IMBECILIDADE E O ANACRONISMO.
A Lei primeira enquadra o regime em que, felizmente, VIVO.
A Lei primeira enquadra o regime em que, felizmente, VIVO.
À democracia é inerente uma pessoa um voto, liberdade de opinião, liberdade de expressão, liberdade de informação, apresentação de pontos de vista, sugerir formas de organização e organizar a sociedade e desenvolvê-la, para assegurar a soberania, a independência e o bem-estar dos cidadãos, significando isto, uma crescente luta democrática para combater desigualdades e injustiças, e garantir o acesso de todos às mesmas oportunidades na vida.
À democracia é inerente periodicamente haver eleições para nomear Presidente da República, deputados para a Assembleia da República de onde depois se retira a formação de governos. Eleições para as Regiões Autónomas, eleições autárquicas. Eleições para várias instituições do Estado.
Compreensivelmente, depois da queda do Estado Novo, houve que organizar a sociedade a começar por dotar o país com uma nova Constituição. Daí derivou muita coisa e, entre outras, a lei eleitoral, regras para todos os actos eleitorais.
Compreensivelmente, no conjunto dessas regras foi definido o conhecido período de reflexão durante o qual os partidos políticos ficam em silêncio até ao fim do dia das eleições, nada de informações, nada de propaganda. Nada de sondagens. Os órgãos de comunicação social devem estar "calados" quanto aos pontos de vista dos partidos.
O tempo não pára.
Os portugueses, mau grado ainda um elevado índice de bovinidade e de mansidão (opinião pessoal, naturalmente), estão bem conhecedores do processo eleitoral.
Infelizmente, por culpa dos políticos, o desinteresse pelos actos eleitorais cresceu brutalmente.
Além disso, os tempos mudaram muito e, desde os anos 90 do século passado, a tecnologia alterou muita coisa nas nossas vidas.
Vem isto a propósito da Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter dito que está contra a lei a decisão (concretizada) do partido Iniciativa Liberal (IL) de apresentar o seu programa eleitoral para as eleições legislativas antecipadas de 10 de Março próximo.
Vem isto a propósito da Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter dito que está contra a lei a decisão (concretizada) do partido Iniciativa Liberal (IL) de apresentar o seu programa eleitoral para as eleições legislativas antecipadas de 10 de Março próximo.
E porquê?
Porque hoje, Domingo, há eleição nos Açores.
Para a CNE, se houvesse uma eleição repetida para uma junta de freguesia na Ilha das Flores nos Açores, tínhamos que estar com a "mordaça" na boca quanto às eleições legislativas de 10 de Março?
Sinceramente, e sempre ciente de que posso estar a ver mal a questão, parece-me qualquer coisa absurda a roçar a imbecilidade.
Não há aqui qualquer coisa de anacronismo?
A IL apresentou as suas ideias para 10 de Março. Em que é que isto pode afectar o voto neste Domingo nos Açores?
Pode dizer-se, este é só mais um deplorável exemplo do Estado a que chegámos?
Como referi em cima, era obviamente compreensível a proibição de se fazer propaganda por qualquer meio na véspera e no dia de uma eleição, tal como não haver aproveitamento de eventos festivos ou outros, no sentido de serem entendidos como propaganda eleitoral.
Até que ponto dar a conhecer hoje um programa eleitoral para as eleições de Março próximo perturba os Açorianos, ou até que ponto a iniciativa do IL perturbará o regular funcionamento das assembleias de voto nas ilhas Açorianas?
Enfim, é como estamos.
Será por temor da CNE que o agora MUDO inquilino em Belém nem uma palavra disse para incentivar os Açorianos a votar?
E quanto ao inarrável PM em gestão que apenas gere a sua vidinha? Não podia também apelar aos Açorianos para votarem?
Claro que estes silêncios e este senhores na CNE propiciam que eu também diga o Céu normalmente é azul, aqui na aldeia está um bocado nublado, os mémés da minha vizinha estão proibidos de balir para não assustar os Açorianos, e as vaquinhas certamente darão leitinho, as cabras idem, e daqui a bocado vou para a rua e ao café da aldeia.
Não admitirei que alguém me fale hoje de política!
Estou na aldeia, aqui no Continente (não, oh geração mais bem preparada de sempre, não estou no supermercado, estou aqui na Península Ibérica, na parte portuguesa) e falar de política aqui pode causar terramoto político nos Açores!
Tenham um bom Domingo, e reflitam sobre a chuva que virá!
Saúde.
António Cabral (AC)
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