terça-feira, 29 de outubro de 2024

“Não somos um país onde ódio e questões raciais tenham natureza de preocupação”
Sem se referir diretamente aos desacatos em vários bairros na Grande Lisboa após a morte de Odair Moniz, o primeiro-ministro defendeu que Portugal "sabe separar muito bem epifenómenos em algumas circunstâncias
".

Olhe sr dr Luís Montenegro, não é lá por ser momentaneamente PM que o que afirma corresponde exactamente à realidade.
E o que digo a si aplica-se do mesmo modo, integralmente a muitos tagarelas que por aí andam, e que momentaneamente são titulares de órgãos de soberania.

Só para que fique claro, a palavra momentaneamente significa em bom português que estão no exercício dos respectivos cargos porque foram eleitos, mas outros lhes sucederão em próximas eleições.

Quanto ao que diz, o sr e a maioria com raríssimas excepções nos sucessivos titulares de órgãos de soberania tal como muitos outros responsáveis, persistem na mania de tratar os cidadãos como burrurinhos.

Eu sei separar os epifenómenos.
Quero crer que muitos dos meus concidadãos o sabem também.

Mas na minha opinião a sua afirmação - Não somos um país onde ódio e questões raciais tenham natureza de preocupação - não cola com a realidade vivida em muitos locais do país.

Há racismo, há racismo por parte de muitos, incluindo em muitos que se dizem combater o racismo.
Ou não lhe dão conhecimento de cartazes em manifestações, de videos apelando a violência no centro das cidades, etc?

Eu estou preocupado e cada vez mais.
E preocupado com a postura de muitos que persistem nas afirmações como as suas.
É para nos descansar?

O tempo em que eu fazia caminhadas noturnas na cidade onde vivo acabou há bastante tempo.

E então quando os agentes das forças de segurança começarem a não ir  a muitos lados o que já acontece há muito digam o que disserem, será cada vez mais interessante o resultado.

Ou está convencido que sempre que daqui para a frente houver tumultos, os agentes de segurança vão lá sobretudo se estiverem equipados com fisgas?

Tome/ tomem esse rumo e verão depressa o resultado mas, sobretudo,  o gáudio por parte da criminalidade.
Ou não o preocupa que a questão da droga esteja a ser violentamente disputada por vários? Não lê as notícias?
É como o outro, que dizia que as não lia?
Passe bem!
AC

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