NÃO, não é só na Cova da Moura, ou no Zambujal, ou na Portela em Oeiras, ou no Jamaica, ou no Seixal, ou em Vila Nova de Mil Fontes, ou no Bairro Alto, ou na Caparica, ou em muitos outros sítios, como vem acontecendo há vários anos.
Há décadas que os sucessivos titulares de órgãos de soberania, PR's, AR's, governos, olham demagogicamente para os problemas sociais, para as crescentes desigualdades sociais, para a não integração de diversas camadas de população.
O descontrolo absoluto que se tem verificado nos últimos 10/ 15 anos no que respeita aos migrantes, particularmente à imigração ilegal em catadupa fomentada por gangues e que não entra pelas fronteiras normais, só tem agravado drasticamente o problema.
* Onde estão as estruturas decentes nos arredores da maior parte das cidades e vilas?
* E a pouca vergonha da maioria dos PDM?
* E a pouca vergonha dos aglomerados populacionais que durante anos foram deixando instalar, aí vivendo pessoas na mais indigna condição de alojamento?
* E a pouca vergonha da completa ausência de combate REAL ao despovoamento do interior?
* Onde estão as políticas REAIS para reindustrializar todo o território Continental para Leste da imaginária linha Norte - Sul de 80 Km a contar da costa?
* Onde estão as creches, as unidades de saúde, as escolas de ensino primário e secundário, as escolas profissionais, os tribunais, as agências bancárias, as farmácias, os cinemas e teatros, as piscinas municipais, as praças municipais, as mercearias de bairro, as oficinas de reparação de viaturas, as fábricas de lanifícios, as estações/ apeadeiros de transportes, as linhas ferroviárias, os postos da GNR, as empresas de mármores, os lagares de azeite, os museus, Etc. ?
Não, andem fora das inaugurações em Lisboa e Porto, deixem-se de tantas condecorações e andar sempre a passear, não gastem tanto os Falcon e os Mercedes e BMW e Audi, deixem-se de guerras do alecrim e da manjerona na Assembleia da República, deixem-se de discursos politicamente correctos e de vacuidades constantes, deixem de roubar batatas fritas a quem está sentado num restaurante, deixem-se de nada fazer e em simultâneo dizer-lhes que são os melhores do mundo (militares das Forças Armadas e agentes das forças de segurança), deixem-se de tanta "Vichyssoise" e jantares nos palácios, tenham vergonha na cara de uma vez por todas.
O acolhimento, o emprego, a integração, a educação, o formar as crianças e os jovens, os negócios, a agricultura, o comércio, não se fazem porque sim nem com um estalar dos dedos. Nem por decreto.
Onde está a autoridade do Estado?
É com autoridade democrática mas real, que se colocam aa coisas em marcha. Que as ordens sejam obedecidas. Que tudo funcione na sociedade. Que as leis sejam cumpridas. A começar pela Lei primeira.
É pela autoridade democrática que o Parlamento funciona, que o governo governa, que o juiz profere sentença, que os bombeiros cumprem as suas tarefas, que nos hospitais se cuida de quem necessita.
Autoridade implica organização, hierarquia, disciplina. A autoridade democrática do Estado implica ter poder de coação.
A terminar, a foto em cima mostra o resultado do que se passou numa zona central da cidade do Montijo. há poucos dias.
E como este há inúmeros exemplos pelo país fora, há anos.
E sim, há bandos de criminosos infiltrados em muito sítio, em bairros periféricos ou não, bandos só de brancos caucasianos com tatuagens nazis e outras, negros, asiáticos, ciganos, jovens ou com idade já mais avançada, bandos com misturas étnicas ou não. Há de tudo.
E há crescente insegurança.
As petições de comerciantes às câmaras municipais não surgem por acaso.
Boa sorte e boa noite.
AC
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