quinta-feira, 31 de outubro de 2024

SAÚDE  e  a  FALTA  DELA
Na vida, justiça, saúde, bem estar, segurança, são factores determinantes.
Primordialmente, o Estado através da suas instituições tem a obrigação de nos assegurar justiça, segurança, bem estar.

Sem saúde, nada fica bem. individualmente, familiarmente, em sociedade.

Em sociedade, sem justiça, justiça a sério e não o que por cá se pode designar justiça à portuguesa /super garantística /super lenta /ineficaz /protectora dos poderosos, não há acesso de oportunidades, não há combate eficaz /real às desigualdades sociais.

Sem segurança, a sociedade (ou pelo menos imensos estratos sociais) fica constrangida, famílias e indivíduos ficam limitados na sua vida, impedidos de levar vida digna.

Estas linhas sobretudo a propósito de saúde e da falta dela.
Uma constipação, uma gripe, uma otite, uma diarreia súbita, deixam qualquer pessoa irritada, incomodada, no mínimo.

Mas a nossa vida e particularmente com o avançar da idade, coloca por vezes situações mais delicadas no plano da falta de saúde.
Em Maio passado partilhei uma situação pessoal do foro saúde/ médico e alguma ansiedade a esse propósito.

A minha ideia principal, e talvez não tivesse sido completamente feliz na partilha/ explicação do que se passava/ do que se iria passar, tinha essencialmente a ver com o querer dar a noção do apego à vida, do que me unia à família directa e alargada, e do que até aí tinha fruído quer da família quer das pessoas da minha carreira.

Tratava-se, tratou-se, de uma "simples" intervenção cirúrgica para correcção de hérnia inguinal, que acabou por se descobrir ser a causadora de periódicos fortes incómodos abdominais periodicamente surgidos nos últimos 4 anos, e considerados como algo de natureza intestinal. Correu muito bem. 

Recebi inúmeras mensagens de conforto, que me sensibilizaram e, até, descrições de exemplos de casos de amigos que tinham vivido situações médicas muito complicadas mas com desfecho feliz.

E é verdade, felizmente, na maioria dos casos, as coisas acabam por correr bem.
Mas. . . . . 

Mas a realidade é que às vezes correm mal.
Nestas coisas da saúde, correr mal significa um ponto final na vida!

Uma simples intervenção cirúrgica, mesmo com um reputadíssimo cirurgião, pode ter um mau desfecho.
Não, não devido à intervenção correctiva, ou inépcia do cirurgião ou da equipa.
Mas a realidade é que no mundo contemporâneo, além de tudo que nos desgraça à superfície da terra, temos as bactérias hospitalares.

Parece que foi o que sucedeu académico e politólogo André Freire.
RIP

Tenham uma boa 5ª Feira apesar da chuvada que por aí virá. Saúde.
António Cabral (AC)

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