Um tabloide publicou um putativo escândalo em que Paulo Rangel é tido como estrela.
Não faço ideia se ele não irá processar o tabloide.
Um amigo enviou-me cópia da página desse tabloide. Não vale a pena perder muitos tempo com ele.
A eventual cena terá ocorrido na noite da chegada de um avião militar de transporte da FAP ao aeroporto militar de Figo Maduro, transportando portugueses evacuados do Líbano, e que o ministro provavelmente quereria cumprimentar mal esses evacuados estivessem a começar a descer do avião, e não esperar por eles numa sala de espera, VIP que fosse.
Depois dessa noite e da divulgação de versões várias do que se terá passado, do que terá saído da boca do ministro, este remeteu-se praticamente ao silêncio.
Depois do tabloide e de se saber da coisa, várias prima donas na AR se eriçaram e querem aproveitar a telenovela para umas caneladas no governo. Assunto muito mais premente para a vida dos cidadãos comuns do que a porcaria do desemprego, do OE 2025, da imigração clandestina, do clima, etc.
A esta telenovela e ruído o PM chamou tonteria, e reafirmou total confiança em Rangel.
Ah, referiu de passagem a relação do poder político com o poder militar. Estou portanto descansado.
Esta autêntica telenovela Venezuelana tem sido designada por vários como escândalo, ou incidente que pode prejudicar a confiança pública nas instituições democráticas, etc.
Entre outras coisas, diz-se que parte dos eventuais protestos de Rangel surgiram na sequência de queixas de alguns dos repatriados quanto às condições de voo.
Outra das razões não o terem deixado ir às escadas receber os evacuados.
Posso presumir que os evacuados ficaram escandalizados por terem sido transportados desde o Líbano (onde estavam por decisão pessoal e não obrigados pelo Estado português) em espartano avião militar de carga, e não em classe executiva num Airbus, que o Estado deveria ter fretado?
Houve quem escrevesse que o caso podia ter escalado para conflito institucional.
Adoro sempre ler certas pessoas que escrevem sempre muito e maravilhosamente bem.
Adoro isso, mas sobretudo lembrando como foi o seu conhecido comportamento na sua actividade profissional activa.
O PS, o Chega e os outros fizeram e vão insistir, nos seus "números".
O PSD também - é uma polémica estéril, disse.
Uma criatura aparentemente julgando que quase ninguém se lembrará da sua proficiência no passado, falou na AR com elevadíssimo sentido de responsabilidade, verdadeiro "senador" do Estado.
Fronteiras inultrapassáveis, desculpas, importância da disciplina, respeito democrático, incompreensões, militares destratados etc., de tudo um pouco se tem ouvido. Até a Nação foi destratada, parece que foi dito.
Uma das "célebres" manas realçou e estranhou o silêncio de Marcelo o qual já se mexeu, claro, e qual comandante superficial das forças armadas perdão, Comandante Supremo das Forças Armadas, parece que quis já saber do próprio chefe da Força Aérea o que se passou afinal na tal noite de 4 de Outubro passado.
Pelo que se lê por aí, Paulo Rangel pouco tem quebrado o silêncio mas terá desabafado - "Não vou estar a comentar um não assunto. Estar a alimentar essa novela não faz sentido absolutamente nenhum. Comigo, pelo meu sentido de estado, por aquilo que é a minha história, não contarão comigo para falar desse assunto".
Em resumo, as palavras chave desta telenovela parecem ser, Paulo Rangel, deputados, chefe da FAP, militares, transporte militar incómodo, falta de respeito, descortesia, camelos e burros, virar costas, não cumprimentar quem lhe estende a mão, ministro de Estado, sentido de Estado (ou falta dele?), ruído, estéril, eu não fui notificado, desconsideração, falta de respeito, descontrolo emocional, placa de estacionamento, sala VIP, relações político-militares, ralações militares, limites impostos pela segurança, respeito mútuo, comandante supremo das forças armadas, acção impulsiva, equilíbrio entre autoridades civis e militares, áreas restritas, princípios de autoridade.
Gostei particularmente de ler que o que se passou podia ter afectado a eficácia das forças armadas!
Há questões críticas nas relações entre civis e militares?
Sempre as houve e não vão terminar. Culpa mútua, pergunto eu?
Uma coisa parece certa neste momento.
Lê-se que o chefe da FAP terá informado o seu comandante supremo que não se sentiu ofendido pelo ministro.
Assim, tudo parece estar bem, pois parece ter acabado bem.
Certo?
Portugueses. não se preocupem. Está tudo bem.
Não percamos tempo com coisas parvas
Quando há coisas parvas é porque há . . . ? Claro!
A gaita é que o Benfica foi goleado na Luz.
AC
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