sábado, 23 de novembro de 2024

PORTUGAL, PRÓXIMAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 
Já escrevi umas palavras sobre este tema que, estou convencido, a esta distância praticamente nada interessa à esmagadora maioria dos portugueses. Mas posso estar enganado.

Mas há uma vertente deste tema em que julgo estou certo: o assunto interessa e muito aos jornalistas, ao jornalixo, às comentadeiras que pululam nas TV.

E, natural e legitimamente, há algumas pessoas que se colocam como putativos candidatos. Até ao presente, parece claro que PCP apresentará candidato próprio, tal como vem sendo afirmado pelo PS e pelo PSD que os partidos terão candidato próprio. No caso do PSD até já foi definido - tem de ser militante do PSD.

Há relativamente pouco tempo realizou-se um congresso do PSD. Entre outras coisas creio que houve um momento caricato, Marques Mendes ter-se-á convencido de que o congresso o receberia em apoteose entronizando-o como candidato do PSD às próximas eleições presidenciais. Correu-lhe mal.

António José Seguro afiança estar a ponderar possível candidatura. Já teve duas ou três vozes importantes do PS a dizer que sim e outras vozes a dizer - talvez. E Pedrinho a tentar serenar a coisa.
Muita água correrá debaixo das pontes.

Possível "outsider" . . . .  Gouveia e Melo.
Como já escrevi aqui no blogue tenho a sensação de que este actual chefe da Marinha anda a enganar os seus concidadãos, vai alimentando a chama - ai que eu candidato-me a presidente - uma chama que uns quantos ditos jornalistas aproveitam para o seu negócio. Nalguns casos "perdócio".

Mas estou convencido de que o que ele quer, MESMO, é que lhe proponham a recondução de mais dois anos a chefiar a Marinha, para tratar dos assuntos navais, dos drones, alertar-nos sobre os Russos etc. E ser assim um passo necessário para o que ele quer a seguir.

Esta questão, de acordo com a legislação em vigor, determina que até 27 deste mês de Novembro (ele foi empossado em 27 de Dezembro 2021, numa cerimónia escondida) o ministro também ele Melo mas Nuno de nome o chame ao gabinete, converse com ele, lhe agradeça o desempenho e lhe diga que em 27 de Dezembro - o senhor vai para casa ou aceita mais dois anos à frente da Marinha - e depois Melo o ministro vai ter com o nosso Primeiro Luís, que por sua vez dirá ao papagaio-mor - É este!

E se Gouveia e Melo não aceitar?
Se ele não aceitar terão que escolher outro.

Mas creio que vai aceitar, e que até dirá ao ministro Melo que aceita mas só se lhe garantirem que daqui a uns meses vai para o edifício no Restelo, como Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).

Eu penso que os políticos e Marcelo o querem preso a lugar militar.

Penso que Luís Montenegro se está a borrifar se ele aceita ou não, pois Melo o almirante não o incomoda se ele se candidatar às eleições presidenciais. 
O que pode sempre fazer mesmo depois de eventualmente ser CEMGFA, pois basta demitir-se desse cargo, a tempo.
Coisa que imagino fará, com elevada probabilidade, sobretudo se detectar por estudos e sondagens até Junho de 2025 que muitos portugueses serão sensíveis à sua candidatura.

Isto dito vejamos agora um desenvolvimento recente.
Teve lugar um badalado encontro entre os Melos, o Gouveia e o Nuno. Mas não foi no gabinete ministerial no Restelo para Melo o ministro perguntar a Melo o marinheiro - aceita mais dois anos à frente da Marinha?

Não, aparentemente Melo o ministro decidiu conversar com Melo o marinheiro num bar em Lisboa.
Melo o ministro falou de coisas de serviço e nomeadamente sobre a chefia da Marinha? Melo o ministro que é também o chefe do CDS.
Não se sabe, eu pelo menos não sei.

Naturalmente, o encontro foi fotografado porque alguém de um dos Melos ou dos dois alertou os jornalistas.

Claro que as especulações sobem.
Claro que as especulações sobem porque é esta a maneira do jornalixo trabalhar e, provavelmente, alguém ligado a um dos dois ou alguém dos dois bufou.

As especulações que por aí se podem ler vão mais ou menos no sentido que acima descrevi.
Há até menção a uma recondução de poucos meses no cargo.

Enfim, os jornais tentam vender. Pode entender-se.

Mas nisto tudo, a questão da chefia da Marinha, há uma coisa que me parece no mínimo ridícula.
Não, é mais do que isso, revela uma completa ausência de noção das responsabilidades, uma completa ausência de competência, uma completa ausência de sentido de Estado.

Refiro-me a Melo o ministro.
Já convocou Gouveia e Melo para ao abrigo da legislação em vigor lhe transmitir o desejo do governo em querer que vá para casa ou querer que continue no activo?

Aparentemente não aconteceu.
Devo concluir que Melo o ministro substituiu o que a lei define por uns copos num bar?
Quero presumir que é esta a triste realidade.
Mas nada de espantar nesta gente que há décadas anda por ministérios.

É também por este tipo de coisas que Portugal está como está.
Aposto que Gouveia e Melo está farto de rir.
António Cabral (AC) 

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