sexta-feira, 3 de abril de 2015

DA DEMAGOGIA, DA INCONSEQUÊNCIA, DA INCOERÊNCIA.
Faleceram dois respeitáveis concidadãos. Com obra publicada. Não tenho formação técnica que me permita opinar quanto ao valor de cada um. Há quem o possa fazer. O que sempre me pareceu detectar, durante anos, foi a existência de seguidores e de críticos.
Mas creio que será razoável dizer que, mais uma vez, temos exemplo do estado de doença avançada de Portugal. Se o Governo não decidisse uns dias de luto nacional pelo realizador de cinema  caia-lhe em cima o mundo "culto e os donos de Portugal". Como o fez regista-se.
Bem, o que têm feito de concreto, de positivo, e de efectivo desenvolvimento do cinema, os sucessivos governos de todas as cores? Uns houve que atiraram uns subsídios. E o que se seguiu, e se melhorou? Que obras ficaram, que exemplos encorajaram potenciais seguidores?
Mas fica sempre bem enaltecer o mestre.
Que o presidente da CMPorto decida (ele ou a CM?) luto municipal percebo. Mas os anos vão passando, e conforme as cores que estão no poleiro, concidadãos são justamente homenageados, outros que o mereceriam ficaram de fora, há panteão e não há. Salvo melhor opinião, continuamos na inconsequência, na incoerência, na demagogia, na pouca vergonha. Uma vergonhosa tristeza. Olhar com sentido de estado, e definir uma política nacional, nah,.......isso não interessa nada.
AC

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