terça-feira, 10 de janeiro de 2017

AINDA A PROPÓSITO DE MÁRIO SOARES
Assisti, em casa, a boa parte das cerimónias de hoje, cerimónias devidas, ao ex-chefe de Estado Mário Soares.
Saliento, do que vi e ouvi, as palavras de João Soares, Isabel Soares, a gravação do PM, os discursos do Presidente da Assembleia da República e do Presidente da República e por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas.
A cerimónia protocolar é pesada, a que pouco se poderá fugir. As notas musicais certamente escolhidas pela família (Isabel Soares?) foram excelentes, e brutal foi a escassa competência profissional dos repórteres televisivos, em alguns momentos mesmo roçando o patético para não dizer ordinário.
Apesar de alguns aspectos que me parecem ter tido um traço quase de Coreia do Norte, creio que se testemunhou uma cerimónia com muita elevação, solenidade e respeito. Como era devido e quase a 100% aconteceu.
Nos meus "zapings" pela NET descobri um monte de ordinários, certamente de muitas cores, esquerdas incluídas, pois não lhe perdoam certas coisas. 
Ordinários é dizer pouco, e estou à vontade, pois tenho boa memória, e não passo esponjas. Tal como não publico fotografias minhas na NET a propósito do triste evento.
Quem sou eu para comentar o que foi tocado, mas foram peças extraordinárias. "Conheci" Elgar pela primeira vez, muito novo, por discos que o meu pai tinha.
Já escrevi, sinteticamente, o que entendi dizer sobre Mário Soares.
Para mim um dos pais do regime, não o pai, mas teve dos papéis mais determinantes.
Sobre os discursos dos três titulares dos órgãos de soberania, não quero discorrer. 
Apenas desejo salientar que só Ferro Rodrigues expressamente nomeou os Capitães de Abril. O PM e o PR ZERO. Sem os capitães, bem podia Mário Soares continuar a viajar entre França e Alemanha.
Empedernido como sou, defeito em grande parte de origem profissional, não sou insensível e, confesso, que quase me comovi com as peças musicais escolhidas e sobretudo com as palavras de Isabel Soares que, na linha da Senhora sua Mãe, é uma verdadeira Senhora. 
Como últimas notas, penso que João Soares nunca devia ter referido a polémica da Bandeira em Londres, tenha ou não ocorrido. A ênfase fez-me recordar certos "senhores" que batem no peito - "eu sou muito honesto". Dispensável.
Por fim, os jornalistas cobrindo a cerimónia: não sabem estar calados quando devem, e deviam preparar-se como deve ser. Trágico.
Mário Soares, descanse em Paz.
AC

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