quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O EXERCÍCIO DE CARGOS PÚBLICOS
No meu rotineiro exercício de passar os olhos pelas notícias nacionais e internacionais "navegando" por aí, estive a ler uma pequena entrevista de um tal sr Carlos Pinto que se demitiu do partido do sr Santana Lopes na sequência de uma investigação da justiça.
O sr foi autarca na Covilhã, cidade que conheço muito bem.
Este ex-autarca critica a justiça, a monstruosidade como tudo se passou.
Não conheço o processo, obviamente, nem me vou dar ao trabalho de tentar perceber a coisa.
Vou só ater-me ao que está escarrapachado no "jornal i".

Do que leio e se estou a interpretar bem, espero que sim, o ex-autarca critica a actuação da justiça, assume o incómodo que tudo causou, classifica o caso judicial como uma monstruosidade. Perguntaram-lhe concretamente: Foi acusado de peculato, prevaricação e participação económica pelo Ministério Público num caso relacionado com a construção de uma casa de família. Respondeu assim: Essa notícia surpreendeu-me. Há cerca de dois anos um agente da Judiciária perguntou-me se podia encontrar-se comigo para me perguntar sobre dois pareceres da câmara. Lembrava-me vagamente da situação e o nosso encontro durou 40 minutos. Nunca mais tive contacto com esse processo. Trata-se de uma situação perfeitamente abstrusa. Isto nasceu, em 2015, de uma denúncia anónima sobre o meu património. O que está em cima da mesa, neste caso, é que não há factos concretos. A Justiça atua devassando, sem que a pessoa saiba, para no final de tudo chegarmos à conclusão que estamos a falar de atos administrativos. Tudo isto é uma monstruosidade e teve consequências políticas. 
A minha vida foi devassada de uma forma escandalosa. A intervenção da Justiça não pode ser feita desta forma. Qualquer pessoa pode pegar numa carta anónima e escrever sobre alguém sem factos e a Justiça atua devassando. O que digo é que há uma utilização dos processos judiciais para uso mediático.

Juro que li mais que uma vez a resposta deste ex-autarca.
Posso estar doido, mas não vi uma palavra concreta nessa resposta a falar de casa de família, ou de outra casa, ou uma construção havida ou não, negando portanto ou confirmando ser esse o objecto da coisa.

Ahh, sr Cabral, isso é meter-se na vida das pessoas, o Estado é que tem de provar.

Pois é, mais uma vez sou eu que não estou a ver bem as coisas. Malandro do Estado, malandra da justiça, malandro do MP, malandra da PJ, cambada de malandros.

Não faço ideia qual será a casa de família ou outra do sr Pinto (que raio, este apelido está a fazer-me lembrar outra pessoa qualquer,...bom,......logo verei se descubro), mas uma coisa confesso, vou à Serra das Estrela desde 1969,  a esmagadora maioria das vezes saindo pela Covilhã, e tenho uma percepção bem rigorosa do que foi aparecendo ao longo da estrada até pouco depois de se passar a estação de limpeza da neve. 
Mais confesso que continuo a achar curioso que certas casas tenham aparecido em certas áreas.
Como diria a Ana Bola - faz-me espécie, que querem!

Nota final: quanto à justiça tuga, há anos que tenho a noção exacta de que anda muito mal. Pessoalmente a tenho aqui criticado.
Mas também tenho a percepção de que existe muito mariola a aproveitar-se do sistema, e da situação em que ninguém tem de provar coisa que seja. O Estado que prove.
Não faço ideia se o Sr Pinto vai ser inocentado ou julgado e condenado.
Uma coisa me parece, dá-me a sensação que o sr Pinto é mais um dos que se esquece das obrigações de postura a que está obrigado um servidor público. Digo isto baseado na resposta acima reproduzida.
Não quero saber da sua vida privada para nada.
Mas a uma pergunta concreta a resposta foi 0,00.
E como bem conheço certas coisas sobre processos PDM's, aprovações céleres ou não, câmaras municipais (Lisboa, Setúbal, Cascais, Montijo, Alcochete, Idanha-a-Nova, Castelo Branco), como muitas coisas acontecem na vida real, gostava de ter visto uma resposta à pergunta do jornalista.
Como já terão adivinhado, caros leitores deste blogue, não me surpreendeu a resposta do sr Pinto, nem que o jornalista não tenha insistido.
É como estamos.
AC

Ps: terá havido uma mãozinha a puxar cordelinhos para a coisa vir a público e embaraçar o Pedrinho? Ai é bem provável.
Mas o que me interessa é que um homem é acusado e nada refere de concreto para mostrar onde pode estar uma verdade, meia verdade, ou uma mentira.

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