2 ANOS. INCÊNDIOS.
E a POUCA VERGONHA HABITUAL
17 de Junho de 2017, início de uma sucessão de tragédias, que no final desse ano se contabilizava, pela morte horrorosa de mais de uma centena de concidadãos, centenas de feridos, pelo início de um calvário para muitos que, tendo sobrevivido com mais ou menos ferimentos e angústias ficaram, sem amparo sem casa sem modo de vida, sem família.
17 de Junho de 2019, com um certo ar quase Salazarento lá foram eles homenagear, beijar, manter o ar triste e compungido, rezar, afagando-se uns aos outros nas costas como carinhosamente se viu na TV Cristas fazer a Ferro Rodrigues. Penso que Marcelo desta vez evitou selfies!
Dois anos depois, com evidentes sinais de que várias coisas supervenientes se mostram entre o muito estranho e o escandaloso. Parece que há uns arguidos, um deles com aquele ar falsamente compungido, e bafiento e untuoso que observei na TV do restaurante à hora de almoço hoje.
Mas também parece que, se calhar, não vai haver julgamento.
Tudo Costas com Costas tipo quadrado da legião Romana, e assim se apoiam, e se os mortos estão mortos, segue para bingo.
Justiça paralisada por jogos e habilidades, que a teia de normas laboriosamente construída tudo permite à canalha.
Só tenho uma perguntinha: o que se verificou que não existia em Pedrogão em 2017, continua a não existir, não é verdade? Ou estou enganado?
Coisa sem importância, dirá Cabrita.
Dois anos passaram, continua a desfaçatez, a pouca vergonha, a descarada ausência de vergonha na cara, a fantochada e os discursos patéticos e, naturalmente, a conclusão só pode ser que foi feito tudo mas tudo.
No reino dos melhores dos melhores outra coisa não seria de esperar.
AC
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