Estou agora a recuperar um pouco desse descanso.
Vi naturalmente o jogo da seleção nacional de futebol no Domingo, e estou agora a tentar perceber o que foram as exaltações do 10 de Junho.
Sobre a bola, ligando eu muito pouco à coisa, lá registei os golos, bons, muito bons, lá reparei nas vaidades de uns quantos, no protagonismo de certa malta de futebol que quase se coloca acima da hierarquia constitucional. E sempre muito bajulada por essa tola hierarquia, que devia colocar o futebol no lugar que merece, no lugar próprio, mas não mais que isso. Como fazem outros, como se faz em certos países civilizados que apreciam e têm bom futebol, mas não anestesiam a sociedade com futebol.
Cada coisa no lugar próprio, digno, não mais que isso.
Por isso, também, Portugal continua a ser uma sociedade algo atrasada.
Quanto ao 10 de Junho concordo que o discurso de Marcelo se pode considerar um discurso aglutinador, que procura puxar para cima. Mas muitos puxam para baixo.
E do discurso de João Miguel Tavares, fica-me a sensação que falou de coisas muito concretas, das perguntas que as pessoas colocam.Servimos para quê, só para pagar impostos e o pavonear desta gentalha que se encobre uns aos outros?
Para assistir impotentes à construção de malhas jurídicas, que dão a impunidade a malandros que passaram décadas a roubar a sociedade, que dão trunfos jurídicos a Ivos Rosas e outros, para termos de nos preparar para indemnizar dentro de meses, Salgados, Sócrates, Berardos, Bavas, Favas, Granadeiros, e muitos outros?
Desgraçado País, em que uns clamam que somos os melhores dos melhores, mas passam a vida a fingir que não sabiam, não viam, só viam o ténis e os cavalos com os mesmos chapéus de palha iguais aos amigalhaços.
Uma coisa achei também curiosa em Marcelo, lembrou os portugueses que se notabilizam lá fora mas, deve ter sido esquecimento, não mencionou Vitor Constâncio, o tal que Assis tem por acima de qualquer suspeita. Pois.
AC
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